Críticas de Filmes

Críticas de Filmes

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Crítica: Carol (2015) ***

Direção: Todd Haynes
Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Sarah Paulson, Kyle Chandler.

Sinopse: A jovem Therese Belivet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

Meu Comentário: Carol é um dos mais premiados e elogiados filmes de 2015. Fato que até o torna um dos favoritos ao Oscar 2016, mas sinceramente, tirando as atuações de Cate Blanchett e Rooney Mara, o filme é extremamente convencional. Claro, recoberto com o charme de uma ótima produção (ambientação) e a competente (mas não brilhante) direção de Todd Haynes. Mas basicamente é isso. Um filme frio e sutil.  

O mais interessante no filme é a construção dos seus dois principais personagens: a jovem Therese Belivet (Rooney Mara) e Carol (Blanchett). Carol que desde sua primeira aparição já se impõe. É elegante, sabe o que quer, e está disposta a enfrentar qualquer um pelo que acredita. Já Therese é jovem e repleta de dúvidas. E o filme é basicamente isso. Discreto, repleto de cenas filmadas por de trás de vidros (vitrines, carros), para passar a sensação da nebulosidade que envolve os seus personagens.

Narrado de forma delicada, por vezes monótona, o filme se centra nas atuações de Blanchett e Mara, inegavelmente, o melhor do filme. E apesar das boas atuações, lembradas nas mais importantes premiações do mundo, inclusive em Cannes, onde Mara venceu o prêmio de melhor atriz, acho sinceramente que são grandes atuações. Mas não notáveis, e onde ainda prefiro a maturidade de Cate Blanchett.

Se a história não fosse assegurada por um romance homossexual, que passa em 1950, envolto na moralidade social, estaria falando de apenas mais um bom filme. Mas como a base da obra é o romance de Therese e Carol, meio a uma conturbada separação e toda a pressão social sobre sua conduta moral, o filme ganha novos contornos.


No seu terceiro ato, o filme melhora consideravelmente, graças a inserção de elementos externos: a chantagem sobre Carol. Mas sem entrar em detalhes, posso afirmar que fiquei muito satisfeito com a resolução final do filme. 

Carol foi indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor filme de Drama, melhor atriz (Blanchett e Mara), Melhor diretor e Trilha Sonora.


CRÍTICA COMPLETA NO MEU CANAL DE CINEMA




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