Críticas de Filmes

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Crítica do Filme: Acima das Nuvens (2014) ***

Direção: Olivier Assayas
Elenco: Juliette Binoche, Kristen Stewart, Chloe Grace Moretz.

Sinopse: Maria Enders (Juliette Binoche) é uma famosa atriz que fica perturbada com o fato de que Jo-Ann (Chloë Moretz), jovem estrela de Hollywood, irá interpretar o papel que a fez famosa há vinte anos. Convidada a dividir o palco com a novata, uma insegura Enders viaja até os Alpes para ensaiar e conta com o apoio de sua assistente (Kristen Stewart) no confrontamento com seu passado.

Meu Comentário: Concorrente à Palma de Ouro do festival de Cannes em 2014, e também indicado em várias categorias do César (maior premiação do cinema francês), Acima das Nuvens é um filme denso, verborrágico, poderoso e que possui como grande mérito as atuações do seu trio de protagonistas: Juliette Binoche (que está fantástica), Kristen Stewart e Chloe Grace Moretz. Alias, por essa atuação, Kristen Stewart foi à primeira americana a ser indicada em uma categoria de interpretação na história do César (ela disputa como melhor atriz coadjuvante).

A grande questão que envolve o filme são os embates entre o trio de atrizes: a personagem de Binoche se confronta com seu presente e se passado (juventude e amadurecimento), assim como lida com sua assistente (Stewart), e sem perceber que é exatamente da mesma forma que sua personagem também se confronta com a sua assistente, e dá mesma forma como também se confronta durante os ensaios com Jo-Ann (Moretz), e em vários momentos, Binoche é Binoche, Stewart é Stewart e Moretz é Moretz. Resumindo,  ao longo do desenvolvimento do filme, as atuações, as interpretações e os personagens se convertem e  realmente não sabemos o que é encenação e o que é atuação, onde começa os ensaios e onde está a realidade. Nesse sentido, Acima das Nuvens consegue ser brilhante em seu propósito.

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