Críticas de Filmes

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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Ben-Hur (2016) ***

Direção: Timur  Bekmambetov
Elenco: Jack Huston, Toby Kebbell, Rodrigo Santoro, Morgan Freeman, Nazarin Boniadi, Ayelet Zurer, Pilou Asbaek

Comentário: Como competir com clássico filme de 1959? Normalmente os remakes são decepcionantes, e este, apesar de alguns pontos favoráveis, não foge a regra. Mas o Ben-Hur original é tão perfeito, que fica difícil qualquer comparação, já que estou falando de um dos meus filmes prediletos. 

O Ben-Hur original é um verdadeiro clássico, repleto de cenas marcantes (a corrida de bigas, a cena do telhado, confronto de Judah Ben-Hur e Messala, etc...). Além do mais, o filme conta com as excepcionais atuações de Charlton Heston, Stephen Boyd, Hugh Griffith, e acima de tudo, é dirigido com enorme competência por William Wyler, mas como comparar com essa nova versão?

Ben-Hur venceu em 1959 onze prêmios Oscar, incluindo melhor filme, melhor ator (Heston), Melhor ator coadjuvante (Griffith), melhor diretor e efeitos especiais. Além disso, foi premiado no Globo de Ouro e entrou para a história do cinema como um dos melhores filmes em todos os tempos. 

Mas qual a utilidade de se refazer uma obra única, praticamente irretocável? Atualização para um novo público, talvez. Arrebentar na bilheteria pegando carona no filme original, também. Mas nada explica essa refilmagem, que por pouco, muito pouco, não foi um verdadeiro desastre.

As grandes mudanças nessa nova versão de Ben-Hur começam em sua duração (o filme possui 2h 04 minutos, em relação ao original, que tinha a exorbitância de 3h 32 minutos), e continuam com algumas alterações pontuais na história. 

Judah Ben-Hur (Jack Huston) é um nobre judeu que prega a convivência harmoniosa com os soldados de Roma. Judah foi criado ao lado de Messala (Toby Kebbell), romano, e nesta versão, criado como irmão adotivo. Repleto de dúvidas, Messala decide ir a Roma para servir ao exército. Ao retornar a Jerusalém, acaba entrando em conflito com seu irmão e por uma péssima coincidência, sua família é acusada de traição e Judah condenado a escravidão. Em razão disso, ele segue uma sedenta busca de vingança contra Messala.

Um dos pontos interessantes da história de Ben-Hur é que os personagens são contemporâneos de Jesus Cristo, interpretado com qualidade pelo brasileiro Rodrigo Santoro. Sendo assim, ficção e realidade caminham juntas para conquistar o seu espectador.

O filme é dirigido pelo irregular diretor russo Timur Bekmambetov, que sinceramente, só funciona nas cenas de ação, de resto, falta emoção e qualidade a sua condução da “poderosa” trama. 

Bekmambetov havia dirigido anteriormente o cult "Guardiões da Noite"(2004)**; "O Procurado"(2008)**, com Angelina Jolie e Morgan Freeman; e o fraquíssimo Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros(2012)*. 

Talvez o mais grave problema do filme seja as atuações e a escolha do elenco. Jack Huston e Toby Kebbell, protagonistas do filme, não possuem carreira nem carisma para papeis tão fundamentais. Outro ponto defeituoso, o prelúdio do filme é muito ruim, só melhorando nos dois últimos atos, graças é claro, as ótimas cenas de ação e também as mais clássicas da história.
Apesar da boa qualidade técnica da obra, em vários momentos a minha sensação era de um filme “fake”. Tanto nas atuações, quanto na condução do enredo. Mas, pouco a pouco o filme foi me conquistando, até o momento em que “embarquei” de vez nessa emocionante história. Vibrei com a corrida de bigas, torci em cada momento de superação de Ben-Hur e me emocionei com o seu final clássico, assim como, as interações entre o personagem e Jesus Cristo.

Essa nova versão de Ben-Hur está a anos-luz da obra original, mas a história central é tão intensa e impressionante, que fica difícil o espectador não se identificar com as personagens e se encantar com sua história, uma das mais belas e poderosas que o cinema já produziu.

Um comentário:

  1. Gostei bastante desse filme, é bem interessante, é bonitinho. Eu sou muito fã da Rene Russo, sempre acompanho seu trabalho. Sou fã dela, não tem historia que não me surpreenda! René sempre demais em todos os seus papéis. Recentemente, vi o filme apenas o começo que é estrelado por ele e um grande elenco que me divertiu muito. As cenas são ótimas, a trama é leve e engraçada. É muito divertido, ri muito. Recomendo a todos.

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