Direção: David O.Russell
Elenco: Jennifer Lawrence, Robert De Niro, Bradley Cooper, Édgar Ramirez, Diane Ladd, Virginia Madsen, .
Sinopse: Criativa desde a infância, Joy Mangano (Jennifer Lawrence) entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora e tanto fez que se tornou uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos.
Meu Comentário: Já faz algumas horas que assisti a Joy: O Nome do Sucesso e estou até agora estarrecido, que filmaço! Passei a reparar no diretor David O. Russell após ser surpreendido com o ótimo Três Reis (1999), e após o filme, sua carreira só progrediu. Foram três indicações ao Oscar de melhor diretor (O Vencedor, O Lado Bom da Vida e A Trapaça), elogios da crítica e filmes bem particulares. Mas que sinceramente os acho frios, distantes do seu espectador. E entre esses trabalhos, ainda prefiro O Lado Bom da Vida, que possui grande semelhança quanto a estrutura familiar de Joy, o seu melhor trabalho nos últimos anos.
O filme se inicia com a narração da vida de Joy, desde a sua infância até se tornar uma empreendedora de sucesso. E o caminho não foi nada fácil, ao contrário, foi difícil e comovente. E ainda por cima, repleto de obrigações familiares. Joy literalmente “carrega a família nos ombros”. O desempenho de Jennifer Lawrence é soberbo. Ela consegue variar entre uma convincente dona de casa e uma irredutível empresária com grande facilidade. Que atuação. Digna do Globo de Ouro que venceu na categoria de melhor atriz de comédia/musical e também da indicação ao Oscar de melhor atriz. E além de tudo, o elenco está fantástico. Apesar de ser a mais jovem da casa, é ela a base de uma família problemática. Em sua casa mora a mãe (Virginia Madsen), que não sai da cama, e só acompanha uma mesma novela como forma de fugir da realidade. Seu ex-marido, um cantor fracassado. Seus dois filhos. Seu pai (De Niro), expulso de casa pela terceira esposa, e sua avó, protagonizada por Diane Ladd, e narradora da história. E ainda temos a figura de sua meia-irmã (Elizabeth Rohm), que tenta ofuscar de todas as formas o brilho de Joy. Que mesmo no meio desse turbulento lar, e meio a inúmeros problemas, ainda tenta cuidar de todos e ser a matriarca dessa família. Função que sua avó sempre a incentivou a realizar. E que na realidade, sempre acreditou em seu sucesso.
E para Joy se tornar essa grande empreendedora, o filme narra seus tortuosos caminhos: o descredito familiar, os conflitos e acima de tudo, sua persistência. E para isso o diretor David Russell se utiliza de flashbacks para narrar a estrutura/motivação dos personagens.
Joy:O Nome do Sucesso é um êxito em vários sentidos. Na clássica trilha sonora. Nas excelentes atuações. No qualitativo desenvolvimento do roteiro. Na eficiente direção de Russell. Na junção de comédia e drama. E principalmente, na exuberante atuação de Lawrence, que prova ser a melhor atriz de sua geração. Uma sessão de cinema que une angustia e prazer na mesma proporção, simplesmente imperdível.
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