Críticas de Filmes

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sábado, 17 de maio de 2014

Crítica do Filme: Godzilla(2014) **

Direção: Garreth Edwards
Elenco:
Aaron Taylor-Johnson, Bryan Cranston, Elizabeth Olsen, Ken Watanabe, Juliette Binoche, David Strathairn, Sally Hawkins.

Sinopse: Joe Brody (Bryan Cranston) criou o filho sozinho após a morte da esposa (Juliette Binoche) em um acidente na usina nuclear em que ambos trabalhavam no Japão. Ele nunca aceitou a catástrofe e quinze anos depois continua remoendo o acontecido, tentando encontrar alguma explicação. Ford Brody (Aaron Taylor-Johnson), agora adulto, é soldado do exército americano e precisa lutar desesperadamente para salvar a população mundial - e em especial sua família - do gigantesco e incrivelmente assustador monstro Godzilla.

Meus Comentários: Quando em 1998 chegou aos cinemas a primeira produção totalmente americana a retratar o clássico personagem Godzilla nos cinemas, a recepção da critica foi catastrófica (apesar de um sucesso relativo nas bilheterias) e o filme acabou caindo no esquecimento. Lembro que naquele ano o filme foi dirigido pelo rei dos “disaster Movies” Roland Emmerich, o também diretor de Independence Day, O Dia Depois de Amanhã e 2012.

Na realidade nunca houve na história um grande filme que conseguisse retratar todas as nuances do enigmático monstro japonês, que desde sua primeira aparição nos cinemas em 1954 até hoje, já foi levado às telas por volta de 28 vezes. Aí você pode se perguntar assim, como você quer um filme de qualidade e com roteiro igualmente satisfatório, se estamos contanto a história de uma criatura fictícia e que na realidade é só um mero destruidor de cidades? A minha resposta é uma só: King Kong. Exatamente, já foram realizados três ótimos filmes sobre o gorila gigante que destrói Nova York(1933/1976 e 2005), e todos três possuem a mesma história e apenas roupagem diferente, e de maneira muito superior a qualquer Godzilla já feito, King Kong sempre teve uma excelente história e um ótimo desenvolvimento, talvez por isso seja um dos 100 melhores filmes da história do cinema e ao contrário de seu rival nipônico, não é apenas um mito na história do cinema.

Então quando eu soube que havia uma nova produção retratando o notório Godzilla, e que a direção desse projeto estaria a cargo de Garreth Edwards – que fez sucesso com um filme de temática semelhante (Monstros-2010) –, imaginei que finalmente Godzilla teria um filme a sua altura. Mero engano, essa nova produção é um dos maiores fiascos do ano é são poucos os atrativos que o filme pode dar ao espectador na sala escura dos cinemas, pois são tantas as falhas grotescas em seu roteiro e em sua narrativa, que fica difícil enxergar qualidade em um filme tão superficial e de trama tão vazia quanto ele é.

As falhas de Godzilla vão de seu interminável primeiro ato – onde se gasta praticamente uma hora para apresentar os personagens e também tentar explicar como surgiu o mostro e os seres conhecidos como Mutus –, ao pouco carisma de Aaron Taylor Johnson e sua incapacidade de conduzir o personagem principal. Em se tratando de atuações o filme é praticamente um desastre, são inúmeros os casos de má escolha do elenco (principalmente a insuportável atriz inglesa Sally Hawkis, que pouco faz), só salvando a boa presença de Bryan Cranston.

Além de uma premissa muito mal elaborada, a trama é mal desenvolvida e tenta através de uma história absurda tentar convencer o espectador a embarcar em sua jornada de destruição, mesmo tendo o personagem titulo como mero coadjuvante para seres com aspecto robótico muito mais proeminente do que a lógica, que seria se assemelhar a seres primitivos. Tudo isso meio a poucas cenas de ação realmente impactantes e alguns encontros e desencontros dos personagens que tornam o filme totalmente inverossímil.

A direção de Garreth Edwards é fraca, assim como a conclusão do filme, que em minha opinião só serve para adicionar uma dosagem maior de absurdo e quão irregular o filme é.

Essa nova versão de Godzilla é tão paradoxal que pra mim é o melhor exemplo de “filme desastre” dos últimos anos, literalmente, e só tenho uma palavra para descrever o filme, insosso. Infelizmente não foi dessa vez que o admirável monstro Godzilla teve um filme a sua altura, na verdade ainda tenho como meus prediletos o grande clássico Gojira de 1954 e também a produção americana de 1998, que também não era um primor, mas era um blockbuster ao menos divertido e fiel a proposta do notório personagem.

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