Críticas de Filmes

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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Crítica do Filme: Os Miseráveis (2012) ***1/2 (Muito Bom)

Direção: Tom Hooper
Gênero: Drama/Musical
Elenco: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Helena Bonhan Carter, Sacha Baron Cohen.
Sinopse: Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).

Crítica: Adaptação de um dos maiores clássicos da literatura para os cinemas pela primeira vez a obra “Os Miseráveis” escrita por Victor Hugo é filmada como um musical. Faço questão de ressaltar o grande e belíssimo trabalho desenvolvido pelo diretor Tom Hooper (O Discurso do Rei), tecnicamente o filme é excelente e o trabalho de direção de atores é um primor, e até mesmo os excessivos closes nos atores não me incomodaram de forma alguma. Outro fato a ser elogiado na obra foi a forma de captação de voz usada – toda capturada em estúdio e com gravação ao vivo –, que deixou o filme mais palpável e de fácil degustação até mesmo para os que não admiram tanto os filmes musicais. 

Repleto de soberbas atuações, onde se destacam na obra o quarteto Hugh Jackman (principalmente na primeira parte do filme) e protagonista de uma das mais belas cenas do filme - a da sua libertação interior de seu personagem onde ele escolhe deixar de ser Valjean para se tornar uma pessoa honesta -, uma cena simplesmente esplendorosa, tanto por sua atuação como pela forma que foi filmada. Além de Anne Hathaway (vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante), Helena Bonhan Carter e Sacha Baron Cohen (responsáveis pelo alivio cômico da obra), que juntos são responsáveis pelos grandes momentos o filme.

Grandioso em suas pretensões e poderoso em seu resultado final, em sua primeira uma hora o filme é de uma qualidade impar e também onde todos os grandes ápices da obra se encontram: duelos, grandes momentos dos personagens, melhores interpretações e também a clássica canção “I Dreamed a Dream“, agora também imortalizada nas telas na magnífica atuação e interpretação de Anne Hathaway, merecedora de todos prêmios que conquistou pela sua vibrante e palpável performance.

A irregularidade do filme está presente justamente em seu desenvolvimento, já que na primeira parte da obra e em sua conclusão o filme é praticamente perfeito. Tudo culpa de uma desnecessária “virada” dentro do roteiro, desse momento em diante sai de cena todo jogo de gato e rato entre os maravilhosos personagens Jean Valjean e Javert (Russell Crowe), e o filme passa a dar uma importância desnecessária (de tempo principalmente...) a um melodioso e pífio romance entre Cosette(Seyfried) e Marius (Eddie Redmayne). Com isso o filme perde força e se torna um pouco cansativo em sua metade e só recupera o “fôlego” em seus trinta minutos finais, onde novamente os embates entre Valjean e Javert, além da conclusão dos demais personagens, colocam o filme em sua trilha de qualidades e um final vibrante e memorável.

Repleto de ótimas atuações e com um trabalho de produção grandioso, além da excepcional e poderosa trilha sonora que pontua todo filme, Os Miseráveis é inegavelmente um dos melhores e notórios filmes de 2012 e que por pouco não se tornou uma obra prima, mas que ao longo de sua exibição percebemos facilmente traços vivos de um pouco disso, além de ser visivelmente histórico dentro dessa nova linha de musicais.Trailer Aqui.

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