Críticas de Filmes

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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Crítica do Filme: A Vida de Outra Mulher (2012)**

Direção: Sylvia Testud
Gênero: Comédia Dramática
Elenco: Juliette Binoche, Mathieu Kassovitz, Aure Atika, Vernon Dobtcheff
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Quando nos deparamos com um filme que possui uma premissa tão recorrente quanto é a história original de A Vida de Outra Mulher, imaginamos que em nada o filme pode surpreender, e por vezes acabamos nos dando conta que estamos errados, mas por mais que a diretora debutante Sylvia Testud tente ser original, ainda assim, são poucos os atrativos que a produção tem a oferecer.

O filme narra à história de Marie(Juliette Binoche), que no seu aniversário de 41 anos acorda com a memória de 15 anos atrás, ou seja, no auge dos seus 25 anos e no inicio de uma apaixonada história de amor com Paul Speranski (Mathieu Kassovitz), mas na realidade ela se descobre casada com Paul, com um filho  e sendo reconhecida como uma profissional de personalidade difícil e extremamente gananciosa.

E entre os transtornos dessa nova realidade, Marie ainda percebe estar no meio de um doloroso processo de separação (o grande “tendão de Aquiles” do roteiro), distante do filho e em uma guerra judicial contra seus pais. Com isso, essa “nova” Marie, ainda impulsionada pelos resquícios de sua juventude, tenta lutar para reconquistar seu marido e unir seus laços familiares.  Outro ponto a ser levantado e com relação à tentativa da diretora de fugir dos densos caminhos percorridos pela história se utilizando de várias cenas de alivio cômico seja demonstrando a falta de aptidão de Marie com as tecnologias de hoje (celular, e-mail e carros automáticos) ou mesmo em uma simples reunião de trabalho, mas esses momentos não funcionam e acabam não contribuindo para o crescimento o filme.

Assim como o relacionamento entre os personagens de Juliette Binoche(sempre fantástica) e Mathieu Kassovitz é frio, também é fria a condução da história e consequentemente o resultado final. A Vida de Outra Mulher é um filme que a plateia feminina talvez se identifique mais, quando na realidade o grande problema do filme é a falta de conteúdo em sua história, mesmo utilizando personagens e situações de grande complexidade, o filme ainda assim acaba caminhando pelo lugar comum e se torna uma obra que mantém o espectador distante, seja pela falta de ritmo ou incapacidade da diretora em contar uma história.
Trailer Aqui

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