Críticas de Filmes

Críticas de Filmes

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Os Melhores Filmes de 2017 até agora


Já estamos em novembro e muitos filmes já passaram pelos cinemas brasileiros. Posso afirmar que estamos no meio da "temporada de premiações". Período no qual os estúdios e distribuidoras já começam as campanhas para emplacar suas produções no Oscar, no Globo de Ouro, nos SAGs e nas renomadas listas dos críticos, que servem de parâmetro para cinéfilos e votantes. Além disso, os principais festivais de cinema do mundo já aconteceram, e já indicaram quais os filmes que merecem ser vistos, descobertos ou premiados.

História

Para quem acompanha meu blog, e ainda não sabe, além de jornalista cultural e crítico de cinema, sou na verdade um cinéfilo inveterado. Comecei a anotar a todos os filmes que assisti a partir de 1998, e de lá para cá, já vi aproximadamente 10 mil, todos devidamente catalogados. Em 2001, comecei minha coleção de filmes (DVD e Blu-ray) com a intenção de possuir os meus 100 filmes prediletos. A coleção foi aumentando, a minha obstinação também, e o que era para ser uma coleção de melhores filmes se tornou um resumo do “melhor da história do cinema”.


E no meio dessa loucura cinematográfica, fico perdido entre assistir a um lançamento, rever um dos meus filmes prediletos ou me aventurar na minha imensa coleção de raridades. Dessa forma, tento montar “festivais de cinema” e me guiar pelas principais premiações do mundo. Sem esquecer de priorizar os filmes que entram em cartaz ou que fazem parte da construção de um determinado cineasta.

Melhores do Ano

Mas a lista começa com um “porém”. Embora muitos críticos, blogs e cinéfilos também apresentem listas de melhores filmes no fim do ano, a minha segue um padrão um pouco diferente. Como catalogo todos os filmes que vejo, e também os que possuo em minha coleção, a lista sempre segue o padrão do ano de produção, isto é, o ano em que o filme estreou nos cinemas mundiais. E levo em conta, sua participação em festivais de cinema e também sua legibilidade para o Oscar. 

Exemplo: os filmes que disputaram o Oscar, Globo de Ouro e Cannes em 2016, mas só estrearam no Brasil em 2017, estão fora da minha lista, pois não levo em conta o calendário de estreias no Brasil.

Como de costume, é claro que nem todos irão concordar com os filmes aqui apresentados. Mas lembre-se que minha opinião é baseada em minha subjetividade e repertório cinematográfico.💥Espero que gostem e se possível, deixem sua opinião sobre os melhores filmes de 2017 até o momento



IT: A Coisa (2017) 
Direção: Andy Muschietti

Sinopse: Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado "Losers Club" - o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do "Losers Club" acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise.

Comentário: "IT- A Coisa" perceptivelmente flerta com a série Stranger Things, como também com outras obras clássicas do escritor Stephen King, como "Conta Comigo" e "O Apanhador de Sonhos". Ótimos personagens, muitos sustos e uma história envolvente. Esses são os principais elementos que já colocam o filme como uma das melhores obras do gênero nos últimos tempos.

Vida (2017) 
Direção: Daniel Espinosa

Sinopse: Seis astronautas estão em uma estação espacial, cujo objetivo maior é estudar amostras coletadas no solo de Marte. Dentre elas está um ser unicelular. Tal descoberta é intensamente celebrada por ser a primeira forma de vida encontrada fora da Terra, sendo que um concurso mundial elege seu nome: Calvin. Só que, surpreendentemente, este ser se desenvolve de forma bastante rápida, ganhando novas células e uma capacidade inimaginável.

Comentário: O grande mérito do filme é o roteiro, escrito pelos mesmos roteiristas de Deadpool (2016). Sinceramente, não posso deixar de comparar “Vida” a Alien – O Oitavo Passageiro (1979), e apesar da grande semelhança, é inegável que a obra não fica devendo em nada ao “clássico inspirador”.



Logan (2017) 
Direção: James Mangold

Sinopse: Em 2029, Logan (Hugh Jackman) ganha a vida como chofer de limousine para cuidar do nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart). Debilitado fisicamente e esgotado emocionalmente, ele é procurado por Gabriela (Elizabeth Rodriguez), uma mexicana que precisa da ajuda para defender a pequena Laura Kinney . Ao mesmo tempo em que se recusa a voltar à ativa, Logan é perseguido pelo mercenário Donald Pierce (Boyd Holbrook), interessado na menina.

Comentário: Logan é um grande filme. Uma das melhores obras do gênero na história do cinema já realizado. Além disso, a atuação de Hugh Jackman é fantástica, assim como a valorização da humanidade dos personagens. Ponto alto do roteiro. No filme, os efeitos especiais, tão referenciados em obras semelhantes, dão lugar a cenas comoventes e momentos reflexivos.

Bingo - O Rei das Manhãs (2017) 
Direção: Daniel Rezende


Sinopse: Cinebiografia de Arlindo Barreto, um dos intérpretes do palhaço Bozo no programa matinal homônimo exibido pelo SBT durante a década de 1980. Barreto alcançou a fama graças ao personagem, apesar de jamais ser reconhecido pelas pessoas por sempre estar fantasiado. Esta frustração o levou a se envolver com drogas, chegando a utilizar cocaína e crack nos bastidores do programa.

Comentário: Engraçado, dramático e dono de uma edição alucinante, "Bingo - O Rei das Manhãs" diverte, hipnotiza e espanta os seus espetadores com uma história inacreditável, mas baseada em fatos reais. Além disso, é um sedutor e debochado retrato dos anos 1980.


Em Ritmo de Fuga(2017) 
Direção: Edgar Wright

Sinopse: O jovem Baby (Ansel Elgort) tem uma mania curiosa: precisa ouvir músicas o tempo todo para silenciar o zumbido que perturba seus ouvidos desde um acidente na infância. Excelente motorista, ele é o piloto de fuga oficial dos assaltos de Doc (Kevin Spacey), mas não vê a hora de deixar o cargo, principalmente depois que se vê apaixonado pela garçonete Debora (Lily James).

Comentário: Alucinante, divertido e "cool". Em Ritmo de Fuga é simplesmente brilhante. Apesar da história já ter sido levada às telas por diversas vezes, ainda assim é diferenciado. No estilo de direção de Edgar Wright, nos ótimos personagens e na excelente trilha sonora. Diversão garantida.




Corra (2017) 
Direção: Jordan Peele

Sinopse: Chris (Daniel Kaluuya) é jovem negro que está prestes a conhecer a família de sua namorada caucasiana Rose (Allison Williams). A princípio, ele acredita que o comportamento excessivamente amoroso por parte da família dela é uma tentativa de lidar com o relacionamento de Rose com um rapaz negro, mas, com o tempo, Chris percebe que a família esconde algo muito mais perturbador.

Comentário: Sem grandes nomes no elenco, e resultado do primeiro trabalho como diretor do ator e roteirista Jordan Peele, Corra! é uma das melhores surpresas cinematográficas de 2017. Dono de uma história original, dominada por uma crítica racial e uma condução talentosa de Peele, o filme é eficiente na mistura de suspense e humor, e resulta em um trabalhado hipnótico e imperdível.


Alien: Covenant (2017) 
Direção: Jordan Peele

Sinopse: Viajando pela galáxia, a nave colonizadora Covenant tem por objetivo chegar ao planeta Origae-6. Um acidente cósmico faz com que Walter (Michael Fassbender), o androide a bordo da espaçonave, seja obrigado a despertar os 17 tripulantes da missão. Em meio aos consertos, eles descobrem um planeta desconhecido, que abrigaria as condições necessárias para abrigar vida humana.Mas ele abriga seres mortais.

Comentário: Além da história ser muito bem desenvolvida e repleta de suspense, o filme chama mesmo a atenção quando a ação tem inicio, depois disso, é difícil não se deixar levar pelas reviravoltas no roteiro. E novamente o destaque é o personagem protagonizado por Michael Fassbender.



Fragmentado (2017) 
Direção: M. Night Shyamalan

Sinopse: Kevin (James McAvoy) possui 23 personalidades distintas e consegue alterná-las quimicamente em seu organismo apenas com a força do pensamento. Um dia, ele sequestra três adolescentes que encontra em um estacionamento. Vivendo em cativeiro, elas passam a conhecer as diferentes facetas de Kevin e precisam encontrar algum meio de escapar.

Comentário: Dirigido por M. Night Shyamalan, Fragmentado marca o reencontro do cineasta com uma obra praticamente incontestável. Original e muito bem desenvolvido, o clima de suspense, aliado a ótima atuação de James McAvoy, tornam o filme um dos melhores do ano. 





Lady Macbeth (2017) 
Direção: William Oldroyd

Sinopse: Katherine (Florence Pugh) está presa a um casamento de conveniência. Casada com Boris Macbeth (Christopher Fairbank), a jovem agora se vê integrante de uma família sem amor. É só quando ela embarca em um caso extraconjugal com um trabalhador da propriedade do marido que as coisas começam a mudar. Ela só não contava que isso iria desencadear vários assassinatos.

Comentário: Lady Macbeth é surpreendente. O grande destaque? A atuação de Florence Pugh, em uma personagem forte e imprevisível. Alias, a imprevisibilidade é um dos méritos da obra. O filme é violento, sensual, visceral e, mesmo que não agrade o grande público, não sai da cabeça do seu espectador.

Blade Runner 2049 (2017) 
Direção: Denis Villeneuve


Sinopse: Uma nova espécie de replicantes é desenvolvida, de forma que seja mais obediente aos humanos. Um deles é K (Ryan Gosling), um blade runner que caça replicantes foragidos. Mas ele descobre um fascinante segredo: a replicante Rachel (Sean Young) teve um filho, mantido em sigilo até então. A possibilidade de que replicantes se reproduzam pode desencadear uma guerra deles com os humanos, o que faz com que a tenente Joshi (Robin Wright), chefe de K, o envie para encontrar e eliminar a criança.

Comentário: Nostálgico, repleto de reviravoltas e com um visual estonteante, Blade Runner 2049 possui todos os elementos que tornaram o original um filme cultuado.


Um comentário:

  1. É um bom filme para ser visto num sábado, garantida a diversão ao espectador!! Sinceramente os filmes de suspense não são o meu gênero preferido, mas devo reconhecer que Life. Adorei está história, por que além das cenas cheias de ação extrema e efeitos especiais, realmente teve um roteiro decente, elemento que nem todos os filmes deste gênero tem.

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