Crítica dos filmes: "O Mar de Árvores"(2015) e "Jonas"(2016)

✔Filme: O Mar de Árvores (2015)***

Direção: Gus Van Sant

Elenco: Matthew McConaughey, Ken Watanabe, Naomi Watts

Sinopse: A floresta Aokigahara, conhecida também como "Sea of Trees", localizada aos pés do Monte Fuji, é famosa por ter um alto índice de suicídios. Dois homens, o americano Arthur Brennan (Matthew McConaughey) e o japonês Takumi Nakamura (Ken Watanabe), vão até lá com este pensamento, mas acabam iniciando uma jornada de reflexão e sobrevivência mata adentro.

Minha Crítica: Ao contrário de grande parte da crítica, gostei muito de "O Mar de Árvores", filme do diretor Gus Van Sant. A obra, que foi apresentada durante o Festival de Cannes 2015, foi vaiada durante a sessão para imprensa. E lançada diretamente em DVD no Brasil e em outros mercados pelo mundo. 

Além de gostar e me interessar pela temática, a Floresta Aokigahara, localizada no Japão, aos pés do Monte Fuji, e famosa pelo alto índice de suicídios. Também gosto das atuações do trio Matthew McConaughey, Ken Watanabe, Naomi Watts. Gosto da "revelação final da obra". Gosto do desenvolvimento do filme. E apesar de não ser um fã do diretor, o considero altamente irregular. Ainda assim, acho que o filme passa longe de ser um erro, muito ao contrário, tem uma história cativante e algumas cenas de impacto. 

Só para constar, os meus filmes prediletos do diretor são o recente (e também contestado) Terra Prometida (2012)****, Elefante (2003)**** e Gênio Indomável (1997)****.

✔Filme: Jonas (2016)**1/2

Direção: Lô Politi 

Elenco: Jesuíta Barbosa, Laura Neiva, Chay Suede e Criolo

Sinopse: Em pleno Carnaval um rapaz (Jesuíta Barbosa) sequestra a filha da patroa da sua mãe, por quem sempre foi apaixonado, e a mantém refém dentro de um carro alegórico em forma de baleia. Presos na "barriga" do animal, eles iniciam um romance.

Minha Crítica: Jonas foi uma boa surpresa. Disponível na Netflix, a obra, que possui uma história envolvente, se tornou ainda mais interessante em razão de uma relação com o carnaval. Mas diretamente com a  escola de samba paulista Pérola Negra. Além disso, o filme também apresenta uma interessante analogia com a história bíblica de Jonas. 

Apesar do roteiro possuir alguns "furos", principalmente em relação a Jesuíta Barbosa e Laura Neiva (sequestrador e sequestrada), ele consegue prender o espectador. Seja pela boa atuação da dupla de atores (compensando uma presença medíocre de Chay Suede) ou pela forma que o carnaval é apresentado através de belas imagens. 

Jonas também apresenta no contexto central questões sociais, raciais e uma relação obsessiva. E mesmo não conseguindo trabalhar da melhor forma todas estas abordagens, consegue conquistar o espectador com uma história romântica e sensual. Vale a pena conferir.