Críticas de Filmes

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terça-feira, 13 de junho de 2017

Crítica do filme: Mulher-Maravilha (2017) **

Direção: Patty Jenkins
Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston

Sinopse: Treinada desde cedo para ser uma guerreira imbatível, Diana Prince (Gal Gadot) nunca saiu da paradisíaca ilha em que é reconhecida como princesa das Amazonas. Quando o piloto Steve Trevor (Chris Pine) se acidenta e cai numa praia do local, ela descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e decide deixar seu lar para colocar fim ao conflito.

Minha Crítica: Vou ser bem direto: Mulher-Maravilha é uma grande decepção. Não que o filme seja simplesmente ruim, mas ele peca consideravelmente por ser apenas mais um filme baseado em quadrinhos. A obra não possui nenhum grande atrativo visual, é moldada em torno de um roteiro previsível, piegas, excessivamente verborrágico e cenas de ação que não justificam o grande orçamento envolvido. 

Para se ter uma ideia, a segunda grande cena de ação só acontece depois de uma hora e vinte de projeção. Mas filme de herói é somente ação? Claro que não, mas neste caso, em que nem o roteiro consegue sustentar a fraca história da personagem, o mínimo que eu poderia esperar eram algumas boas cenas de ação. E o filme acaba sem isso acontecer. 


O maior destaque é a israelense Gal Gabot, que desfila carisma no papel de Mulher-Maravilha. Também merece reconhecimento a química com o ator Chris Pine, que resulta em diálogos com incontáveis doses de ironia, o ponto alto do roteiro. Mas nada que supere sua perceptível fragilidade. E tratando-se de comparação, enquanto Superman tenta salvar o mundo, Batman enfrenta vilões notórios em Gothan City e Os Vingadores protagonizam filmes grandiosos, Mulher-Maravilha enfrenta um vilão meia-boca, no front da Primeira-Guerra mundial, e da forma mais desinteressante possível.

E vamos ser sinceros. A forma como a história passa a ser desenvolvida, através de uma cena banal que remete a narrativa em flashback é risível. Dessa forma, o filme conta a origem de Diana, posteriormente reconhecida como Mulher-Maravilha. E na tentativa de se distanciar do lado sombrio, pesado e violento de Batman vs. Superman, a obra dá lugar à ensolarada Ilha de Themyscira, lar das amazonas gregas, numa clara tentativa de vender um filme para toda família. 


Dirigido pela diretora Patty Jenkins, Mulher-Maravilha não passa de uma aventura ingênua, tediosa e de dramaturgia rasa. Falta conflito, é se você não sabe, cinema é conflito. Quando a heroína vai parar no front da Primeira Guerra Mundial, situação que imediatamente remete ao filme Capitão América – este sim, repleto de qualidades –, as cenas de ação sobressaem e o filme deixa ainda mais destacado suas falhas no roteiro, na construção dos personagens secundários e na motivação da personagem principal.

Um comentário:

  1. Este comentário é excelente, tem uma perspectiva interessante sobre o filme. Wonder Woman filme é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. Gostaria que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!

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