😊 Divines (2016) ***
Gênero: Drama
Direção: Houda Benyamina
Elenco: Oulaya Amamra, Débora Lukumuena, Kevin Mischel, Jisca Kalvanda
O que torna “Divines” um filme imperdível é sua recente indicação ao Globo de Ouro 2017 na categoria de melhor filme estrangeiro. Além disso, a obra venceu o último festival de Cannes na categoria “Câmara de Ouro”, dado ao melhor filme de um cineasta estreante do festival.
O filme acompanha duas jovens amigas, Dounia (Oulaya Amamra) e Maimouna (Déborah Lukumuena), que vivem em um bairro de imigrantes africanos de Paris. Em busca de fugirem de seus previsíveis destinos, acabam se envolvendo com Rebecca, uma traficante local. Mas apesar de Dounia ser repleta de coragem e foco, a trajetória das personagens não será nada fácil na vida do crime.
“Divines” é construído em torno de poderosos personagens femininos. E no meio desse mundo de sonhos e violência, há também uma história de amor, mas que apesar serve de subtrama.
A direção de Houda Benyamina, diretora franco-marroquina, consegue fugir do previsível. Seja através do desenvolvimento do roteiro, que ajudou a construir, ou da forma crítica que retrata os personagens. O grande destaque? A magnética atuação de Oulaya Amamra. Sem falar em sua beleza, que no momento certo, se faz presente na obra.
“Divines” é um poderoso drama, repleto de personagens fortes e capazes de tudo para conseguir fugir da violência e do destino de muitos que moram naquele gueto de Paris. Uma obra diferenciada, mas que apesar de sua eminente qualidade, tem poucas chances frente a concorrentes tão gabaritados no Globo de Ouro: “Elle”, “Neruda”, “O Apartamento” e o favorito “Toni Erdmann”. Sem dúvida alguma, um filme que merece ser conhecido.
💗 Sing Street: Música e Coração (2016) ****
Gênero: Comédia Dramática/ Musical
Direção: John Carney
Elenco: Ferdia Walsh-Peelo, Lucy Boynton, Jack Reynor, Maria Doyle Kennedy
“Sing Street: Música e Coração” é realmente obrigatório. Uma obra repleta de sonhos e paixão, sem esquecer em nenhum momento da realidade que envolve os personagens. O filme se passa em Dublin, na Irlanda, em 1985. E nesse ambiente, repleto de dúvidas e crise econômica, que Conor (Ferdia Walsh-Peelo) troca de escola, vê seus pais se separarem, se apaixona por uma menina mais velha e decide montar uma banda para impressionar a garota.
Repleto de referências culturais e históricas, a obra é realmente apaixonante. Seja pelo carisma dos protagonistas ou pela forma original que o diretor irlandês John Carney desenvolve uma história tão simples, mas de forma tão inesquecível. E essa não é primeira vez que Carney “acerta a mão” e constrói um filme cativante que envolve música e drama. Foi ele o responsável pela direção de três filmes marcantes com a mesma temática: “Clube dos Suicidas” (2001), “Apenas uma Vez” (2007) e o maravilhoso “Mesmo Se Nada Der Certo (2013).
Lembro que “Sing Street” também foi indicado ao Globo de Ouro 2017, na categoria de melhor filme de comédia/musical. Uma indicação surpreendente, mas merecida. E além de tudo, o filme possui uma trilha sonora fantástica. Se quer comparativos para te convencer a assisti-lo, posso dizer que ele se assemelha aos clássicos: “Clube dos 5”, “Curtindo a Vida Adoidado”, “Namorada de Aluguel”, “A Garota de Rosa Shocking”, “Digam o que Quiserem” e tantos outros.
Nem tão original na forma e no conteúdo, o seu maior encanto é a despretensiosa profundidade de suas reflexões. Então se prepare, embarque na “máquina do tempo” e viaje para a década de 1980. E depois disso, curta um filme nostálgico, futurista (você irá entender) e arrebatador.
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