Críticas de Filmes

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Crítica: Apesar de hipnótico “Mate-me Por Favor” decepciona (2016) **

Direção: Anita Rocha da Silveira
Elenco: Valentina Herszage, Dora Freind, Mariana Oliveira, Júlia Roliz, Rita Pauls

Apesar de ter colhido elogios e vencido dois dos principais prêmios no Festival do Rio 2015, melhor Atriz (Valentina Herszage) e Diretor (Anita Rocha da Silveira), “Mate-me Por Favor” até consegue prender a atenção do seu espectador ao saber construir o clímax, mas falha ao não oferecer uma resolução aos questionamentos abordados ao longo da obra.

O filme se passa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e acompanha um grupo de adolescentes de classe média e a mudança de suas rotinas frente a uma série de assassinatos de jovens ocorridos na região. O fio condutor da obra é Bia (Valentina Herszage), uma adolescente que mora com a mãe e um irmão mais velho, o único adulto presente em toda a trama. Dessa forma, a diretora ressalta a ideia de uma obra que fala exclusivamente sobre a juventude. 

“Mate-me Por Favor” consegue estruturar e espelhar os principais conflitos dessa fase de descobertas: sexo, imaginação, medo, ciúmes e violência. Além disso, também aborda questões religiosas e apresenta ótimas interpretações de todo o elenco e uma trilha sonora diversificada.

Outro acerto da obra é a construção do suspense, acentuada pelas ruas desertas e a sensação de que algo vai acontecer, mas nada acontece. Esse é o maior erro de “Mate-me Por Favor”. Ele atiça a curiosidade do seu observador, mas decepciona principalmente em sua conclusão. Sobra apuro estético e falta um melhor desenvolvimento de coisa mais importante em um filme: sua história.

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