Críticas de Filmes

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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Crítica: Taxi Teerã (2015) **

Direção: Jafar Panahi

Sinopse: Neste falso documentário, o diretor Jafar Panahi instala câmeras dentro de um táxi e começa a dirigir pelas ruas de Teerã pegando clientes e conversando com eles ao longo dos trajetos. Entre os assuntos, humor e drama se misturam nas discussões sobre a política nacional, os costumes locais e a liberdade de expressão no cinema.

Meu Comentário: Taxi Teerã venceu o Urso de Ouro de melhor filme no último Festival de Berlim em 2015. Mas antes de falar de falar do filme é bom você conhecer um pouco mais sobre o diretor. 

Jafar Panahi é iraniano e ficou conhecido no meio cinematográfico após vencer o Câmera de Ouro do Festival de Cannes com o ótimo “O Balão Branco” em 1995. Além desse, possui outros três importantes filmes na carreira: O Círculo (2000), Ouro Carmim (2003) e Isto não é um filme (2011). 

Por divergências politicas, o cineasta foi preso em 2010 por ato subversivo, e ficou durante 88 dias em detenção. Após ser proibido de participar do Festival de Veneza, ganhou o apoio da classe cinematográfica e da imprensa. Desde então, Panahi é proibido de filmar e deixar o seu país. Dessa forma, seus dois últimos filmes possuem limitações técnicas, mas um grande diretor como Panahi ainda consegue realizar trabalhos misturando realidade e ficção, opção adotada em Taxi Teerã.


Para realização do filme Panahi instalou duas câmeras dentro de um taxi e se passou por motorista. E no entra e saí de passageiros, o diretor apresenta discussões sobre a política do país, pena de morte, violência e o processo criativo para tornar um filme distribuível. Tudo na obra é superficial, modesto e de pouco impacto, mas ainda assim apresenta um retrato da situação do Irã. Taxi Teerã serve muito mais como um manifesto contra a censura do que um grande trabalho da carreira do diretor. 

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