Direção: Danny Boyle
Elenco: Michael Fassbender, Kate Wislet, Seth Rogen, Jeff Daniels.
Meu Comentário: Steve Jobs é mais uma obra que tenta retratar o “homem “ por trás do gênio. O filme nos faz observar três importantes momentos da vida de Jobs: o lançamento do computador Macintosh, em 1984; da empresa NeXT, doze anos depois e do IPod, em 2001. E nos bastidores desses três momentos, podemos acompanhar um pouco do presente, passado e visão de futuro do personagem. Suas dificuldades familiares (com destaque para uma filha não assumida publicamente), sua péssima relação profissional com todos que o cercam, principalmente com seus primeiros sócios (Steve Wozniak e Mike Markkula), e também uma aparente dependência emocional em relação a Joanna Hoffman (Kate Wislet), executiva responsável pelo marketing da empresa, e que segundo o filme, teria uma estreita relação com Jobs.
O filme tenta expor os caminhos que “moldaram” o pensar e o agiar de Steve Jobs ao longo de sua vida. Sempre relacionando presente e passado. E trazendo importantes personagens de sua história para discutir sua trajetória, e assim, familiarizar o espectador com toda sua essência.
A direção de Danny Boyle é mais funcional do que genial, e o filme pode ser facilmente acusado de verborrágico. É uma obra que demonstra suas intenções muito mais nos ótimos diálogos do que nos atos. O roteiro é bem desenvolvido, consegue prender a atenção, mas pode aborrecer alguns espectadores mais exigentes. Steve Jobs não é um grande filme, na realidade, assim como o filme Jobs de 2013, ambos conseguem contar com eficiência a trajetória do personagem, mas mesmo com uma história tão rica, os filmes não conseguiram fugir da trivialidade.
A atuação de Michael Fassbender pouco me impressionou, e lembro que ele foi indicado ao Oscar na categoria de melhor ator. E Kate Wislet, que inclusive venceu o Globo de Ouro como melhor atriz coadjuvante, e também está indicada ao Oscar na categoria, é a melhor atuação do filme, mas não me apresentou nada de impactante.
Steve Jobs chama a atenção do seu espectador com o retrato de um dos mais importantes nomes das últimas décadas, e que ao seu redor, foram criadas “lendas” que simplesmente tornam o filme imperdível. Mas se for assistir vá sem muita “sede ao pote”, pois provavelmente você irá se decepcionar, pois o filme é melhor tecnicamente (desenvolvimento/ direção/ diálogos) do que emocionalmente. E nem mesmo quando tenta ser sensível (nas cenas envolvendo Jobs e sua filha), ele deixa de ser frio e distante de seu espectador.
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