Crítica: Ricki and the Flash: De Volta para Casa (2015) **1/2

Direção: Jonathan Demme

Elenco: Meryl Streep, Kevin Kline, Mamie Gummer

Sinopse: Com mais de 50 anos de idade, Ricki (Meryl Streep) é uma cantora de rock, que sempre se apresenta com a banda The Flash em um pequeno bar. A situação financeira é precária, e ela não vê os filhos adultos há décadas. Um dia, o ex-marido Pete (Kevin Kline) liga para Ricki, avisando que a filha Julie (Mamie Gummer) foi abandonada pelo marido, e pedindo ajuda para tirá-la de um estado depressivo. Reticente, a mãe retorna ao lar, e descobre que tanto Julie quanto seus dois irmãos têm muito ressentimento por causa do abandono quando eram crianças. 

Meu Comentário: Ricki and the Flash: De Volta para Casa é uma típica comédia dramática que tenta com o humor, humanizar os seus personagens e os aproximar dos espectadores. E posso garantir que a formula quase dá certo. Um dos seus pontos, é claro, é a presença de Meryl Streep. Que mesmo não apresentando uma grande atuação, ainda assim, é uma atuação de Meryl Streep. Além dela, chama a atenção no elenco Mamie Gummer, que se você não sabe, é filha de Meryl na “vida real”, e a semelhança é incrível. E temos Kevin Kline, no papel de ex-marido de Ricki (Streep), que está muito à vontade no papel de um homem centrado, e que tenta ao máximo minimizar as desastrosas situações envolvendo o retorno de sua ex.

O filme é dirigido por Jonathan Demme, que é detentor de uma vitoriosa filmografia, onde se destacam: Totalmente Selvagem(1986), O Silêncio dos Inocentes(1991), Filadélfia(1993), e a refilmagem do clássico Sob Domínio do Mal(2004). Além disso, quem roteiriza o filme é Diablo Cody, que ganhou fama ao vencer o Oscar de melhor roteiro original com Juno (2008), só para constar, o seu primeiro roteiro. Depois disso, as expectativas sobre os novos projetos de Cody eram elevadíssimos, e o seu segundo filme um grande fracasso:Garota Infernal(2009). Em 2011, novamente a roteirista viria a destacar com o interessante Jovens Adultos, protagonizado por Charlize Theron.

Em suma, é totalmente perceptível a identificação de Diablo Cody com fortes personagens femininas e sua utilização na comédia dramática. Sendo assim, mesmo não sendo um filme tão interessante quanto Juno, nem tão dispensável quanto Garota Infernal, Ricki and the Flash é um filme mediano, engraçado, de desenvolvimento irregular e um final apoteótico. Acredito que mesmo o filme se perdendo segundo ato, seu final consegue novamente o colocar nos trilhos e fisgar seu espectador.