Críticas de Filmes

Críticas de Filmes

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Crítica: Mia Madre (2015) ***

Direção: Nanni Moretti
Elenco: Margherita Buy, John Turturro, Giulia Lazzarini e Nanni Moretti.

Sinopse: Margherita (Margherita Buy) é uma diretora de cinema que está prestes a iniciar as filmagens de seu novo longa-metragem, que será protagonizado pelo galanteador astro internacional Barry Hughins (John Turturro). Paralelamente, ela precisa lidar com vários problemas em sua vida pessoal, como o fim de um relacionamento e a doença da mãe (Giulia Lazzarini), que está internada no hospital.

Meu Comentário: Triste, Mia Madre é verdadeiramente um filme triste. E isso não me incomodou nem um pouco, ao contrário, me aproximou ainda mais do filme e de seus interessantes personagens. Margherita é uma diretora de cinema que está vivendo momentos complicados em sua vida: a direção de um novo filme, o fim de um relacionamento e a internação de sua mãe em um hospital. Além disso, tem que lidar com um ator americano que tem problemas em decorar falas (John Turturro) e uma filha com problemas em estudar latim. E no meio desse turbilhão de emoções, Margherita cai, se levanta, cai novamente e novamente tenta se reerguer.  Tudo brilhantemente protagonizado por Margherita Buy, que confesso, nunca havia me chamado a atenção, mas que merecidamente venceu o David di Donatello de melhor atriz pelo papel(principal premiação do cinema italiano). E posso continuar com os elogios? A atriz possui uma presença em cena que impressiona!

Também compõe o elenco Nanni Moretti, que habitualmente estrela seus filmes, mas que aqui se limita a desempenhar o papel de irmão de Margherita. E que devido a uma maior proximidade com sua mãe, contrapõe todo o problema de Margherita de forma centrada. Quem também brilha é a veterana atriz Giulia Lazzarini, que interpreta de forma singela e delicado o papel da mãe. 


Dono de um ritmo próprio, e que pode incomodar uma plateia não habituada com o cinema europeu, te garanto que se você se deixar levar, o filme é de uma sensibilidade recompensadora . E mesmo que se aos olhos mais desatentos Mia Madre possa parecer superficial (ou simples), te garanto que o filme é complexo e dono de uma “espinha dorsal” que atinge o emocional de seu espectador, ou ao menos me atingiu.

Em Mia Madre, todos são meros coadjuvantes da personagem Margherite. É a partir dela, de seus erros, acertos, arrependimentos e desejos, que somos levados a um filme que apesar de alguns momentos onde o humor é presente, sua essência é dramática, tangível e eficaz. Não chegaria a dizer que é um filme indispensável, mas eu gostei.

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