Direção: Steven Spielberg
Elenco: Tom Hanks, Mark Rylance, Alan Alda.
Sinopse: Em plena Guerra Fria, o advogado especializado em seguros James Donovan (Tom Hanks) aceita uma tarefa muito diferente do seu trabalho habitual: defender Rudolf Abel (Mark Rylance), um espião soviético capturado pelos americanos. Mesmo sem ter experiência nesta área legal, Donovan torna-se uma peça central das negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética ao ser enviado a Berlim para negociar a troca de Abel por um prisioneiro americano, capturado pelos inimigos.
Meu Comentário: Como estamos no meio da “temporada de premiações” – época do ano em que os estúdios e produtoras lançam seus mais importantes filmes objetivando que eles estejam entre os finalistas das principais premiações do ano (Globo de Ouro, Sags e prêmios da crítica), e onde o “gran Finale” é a cerimônia de premiação do Oscar. Já é de se imaginar toda a expectativa em torno de Ponte dos Espiões, filme que é simplesmente dirigido por Steven Spielberg – um dos mais importantes (e populares) diretores da história do cinema –, e protagonizado por Tom Hanks, um dos mais premiados (e populares) atores de sua geração. Mas para ser franco, apesar do filme não ser uma decepção, me decepcionei.
Inspirado em fatos reais, Ponte dos Espiões como o próprio título já alerta, é uma obra sobre espionagem, mas uma espionagem séria, não “aquela” espionagem” que é exaltada em filmes de ação como 007, Missão impossível e Kingsman. Na realidade, ele se assemelha em gênero e número, mas não em grau a dois elogiados filmes dos últimos anos: O espião que sabia demais (2011) e O Homem mais procurado (2014). Duas obras que possuíam várias virtudes, entre elas suas atuações, mas honestamente, achei as duas enfadonhas.
Em se tratando dos últimos filmes de Spielberg, confesso que já esperava um filme também burocrático, assim como foi Lincoln (que sinceramente não gostei). Mas não, Ponte dos Espiões me surpreendeu pelo seu ótimo ritmo e um roteiro extremamente bem-humorado, e que apesar da temática séria, o consegue fazer com que a história transcorra de forma harmônica e singela, e não deixando de ser interessante para o seu espectador.
Com sua ação se passando durante a Guerra Fria, mais precisamente em 1957, e como não poderia deixar de ser, sua parte técnica é irretocável, assim como a segura direção de Spielberg. E não posso deixar de elogiar a excelente fotografia do filme, que em alguns momentos é utilizada para causar um desconforto tanto nos personagens quanto no seu espectador (cenas onde a luz “sobressai” na tela).
A essência do filme gira em torno da dicotomia entre Patriotismo e constituição. Quem está acima de quem? A nação é mais importante ou as leis que a regem? Aliás, quem rege quem. Esses questionamentos são a base de toda ação que ocorre em Ponte dos Espiões, uma vez que o personagem de Tom Hanks é um advogado idealista e que é colocado a prova quando tem que tomar algumas medicas consideradas “contra os interesses da nação”, no caso, os Estados Unidos.
Também destaco a atuação de Mark Rylance, que sinceramente, me surpreendeu no papel de Rudolf Abel, o suposto espião soviético defendido pelo personagem de Hanks.
Um dos momentos mais icônicos do filme é quando o personagem James Donovan (Tom Hanks), já em território alemão para negociar uma troca entre presos de guerra, e após várias atitudes ousadas e desafiadoras em relação a alemães e soviéticos, vê um grupo ser exterminado ao tentar cruzar o muro que recém separava a Berlin Oriental da Ocidental. Nesse momento, Donovan percebe que por mais que sua guerra seja de informações, por trás de tudo aquilo, havia uma guerra de verdade e onde as pessoas eram mortas de forma banal.
Ponte do Espiões como já havia dito: não chega a decepcionar, mas decepciona. A minha frustração é mais em razão dos nomes envolvidos e do tema (Spielberg, Tom Hanks e guerra), do que do resultado final da obra. E sinceramente, não consigo imaginar o filme participando das principais premiações da temporada de prêmios, e onde somente o credenciaria por sua qualidade técnica (principalmente sua fotografia). Ponte dos Espiões não é nada mais do que um bom filme, simplesmente isso.
Acesse, curta e siga...
Esse foi um excelente filme. Tom Hanks é muito talentoso, acho que ele é o melhor ator de Hollywood. Sully é um dos filmes mais interessante que vi. A última é uma boa opção para uma tarde de filmes eu recomendo! Sou fã deste ator, não tem historia que não me surpreenda. Quando leio que um filme será baseado em fatos reais, automaticamente chama a minha atenção.
ResponderExcluir