Críticas de Filmes

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sábado, 1 de junho de 2013

Crítica do Filme: Em Transe (2013)***1/2 (Muito Bom)

Direção: Danny Boyle
Gênero: Suspense
Elenco: James McAvoy, Vincent Cassel, Rosário Dawson, Danny Sapani.
Sinopse:
Um profissional (James McAvoy) ligado aos leilões de peças de arte acaba envolvido com uma gangue responsável pelo roubo de quadros. Para se livrar destas pessoas, ele deve se unir a uma hipnoterapeuta (Rosario Dawson), mas logo a relação entre desejo, realidade e sugestão hipnótica começa a colocar todos em perigo.

Crítica do Filme: Em Transe é uma grata surpresa cinematográfica. Sensorial, envolvente, confuso, ilusório, enganador, surpreendente, tudo isso em uma só obra, méritos e consequências de mais uma direção eficiente e mirabolante de Danny Boyle, que com contrastes e uma fotografia onipresente, conseguiu criar um filme que caminha os trilhos de “A origem”(2010) e Amnésia(2000), ambos dirigidos por Christopher Nolan, e com um grande diferencial,  mesmo que soe absurdo para alguns ele se explica no final e de forma muito interessante e satisfatória.

Eu confesso que tenho uma relação um pouco confusa com as obras de Danny Boyle. Tenho uma real admiração por alguns de seus filmes, mas ainda considero Quem quer Ser um Milionário seu “grande filme”, e ainda sou contra a corrente que admira Cova Rasa e Trainspotting, que mesmo sendo seu “grito de alerta”, eu o reavalio como uma obra apenas regular, e considero o restante de sua cinematografia igualmente repleta de altos (Sunshine?) e baixos (127 horas?). Contudo quando menos esperava novamente Danny Boyle me conquista com um filme “pequeno”, porém grandioso em suas pretensões. Assim como já havia feito antes com os ótimos A Praia(2000) e Extermínio( 2002), obras menores para alguns e muito admiradas por mim, Danny demonstra toda sua capacidade de fazer cinema e com uma montagem rápida( marca do diretor) e uma condução repleta de energia. Em Transe verdadeiramente hipnotiza seu espectador que tenta a todo custo se focar na história e entender um autentico quebra- cabeças cinematográfico.


Repleto de reviravoltas e com atuações poderosas de Vincent Cassell (sempre surpreendendo) e Rosário Dawson (e suas impactantes cenas de nudez), e apesar da sempre apatia de James McAvoy (que não atrapalha mesmo sendo o protagonista), o filme ainda é sustentado durante toda sua exibição por um roteiro admirável e igual condução de Boyle.

Trilhando um caminho onde real e irreal, imaginário e concreto se fundem, Em Transe mantém o interesse do espectador com sua história até o seu ultimo minuto utilizando um emaranhado de “trilhas enganadoras” e um suspense sempre presente. Além disso, possui a qualidade e capacidade de fazer seu observador (ou voyeur), pensar. Algo muito difícil no cinema de hoje.E tem mais um detalhe, adorei a ambiguidade da cena final. Trailer Aqui.

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