Críticas de Filmes

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Crítica do Filme: Adeus, Minha Rainha (2012)*** (Bom Filme)

Direção: Benoit Jacquot
Gênero: Drama
Elenco: Léa Seydoux, Diane Kruger, Virginie Ledoyen, Nomie Lvosky, Xavier Beauvois
Sinopse:
Julho de 1789, alvorecer da Revolução Francesa. A vida no Palácio de Versalhes continua imprudente e descontraída, distante do tumulto que reina em Paris. Quando a notícia da tomada da Bastilha chega à Corte, nobres e servos fogem desesperados, abandonando o Rei Luís XVI (Xavier Beauvois) e Maria Antonieta (Diane Kruger). Sidonie Laborde (Léa Seydoux), jovem leitora totalmente devotada à Rainha, não acredita no que ouve e permanece perto de sua adorada, confiante de que nada lhes acontecerá.

Comentário: Adeus, Minha Rainha é uma obra verdadeiramente apaixonante. Pelo menos em mim causou essa grata sensação. É imensamente louvável a forma como o diretor Benoit JAcquot conta a história (muito diferente de outras versões que abordam o mesmo assunto), e também apesar de todas as já conhecidas extravagâncias da corte, dessa vez os exageros de Maria Antonieta soam muito mais próximas de uma veracidade e também sentimentalmente mais reais (sua instabilidade já notória e demonstrada através de todo o cuidado que a cortê tem com sua fragilidade) – comparando com o Maria Antonieta de Sofia Coppola (que julgo muito interessante), é um contraste imenso.


Outro ponto louvável na obra é a qualidade de sua direção de arte, fotografia e figurinos, ambas premidas com o César da categoria (prêmio de cinema francês), além da contida e excepcional atuação de Léa Seydoux, como a devotada leitora da rainha Sidonie. Confesso que não conhecia muito bem o trabalho da atriz, mas me surpreendi tanto por sua beleza quanto pela qualidade de sua atuação. Interessante também a forma como Sidonie e a rainha (além de outros membros da corte) possuem um envolvimento quase que sexual. É também surpreendente a admiração que toda criadagem real tem pelos nobres e também como eles se sentiam superiores ao restante da população que não participava ativamente do contexto real. Algo cativante de se ver nas telas e também um pouco surpreendente.

Adeus, Minha Rainha é um filme de sensações. A forma pela qual a história é contata e a maneira como o filme aborda o interior do palácio de Versailles e o seu dia-a-dia através da ótica dos funcionários da corte é hipnotizante. Tensão, fofocas, relações, dramas. Tudo isso aflora ainda mais após as notícias aterrorizantes de um possivel ataque popular e a cada vez mais provável queda da realeza. Além disso, o filme exala um clima erótico que envolve o espectador e também os personagens que desfilam entre o luxo da corte e sujeira absurda dos  bastidores desse reino aparentemente só envolto em glamour.

 
Não tem como não se envolver com um fato histórico tão abordado e com a forma pela qual o filme é conduzido com maestria por Jacquot. Não posso negar que Adeus, Minha Rainha é uma obra louvável e que pelo menos em mim é envolto de admiração e sinceros elogios. Indico com toda veemência para qualquer público, esse é o grande chamariz do filme.Trailer Aqui.

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