Críticas de Filmes

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domingo, 6 de janeiro de 2013

Crítica do Filme: Entre o Amor e a Paixão (2012)**1/2

Direção: Sarah Polley
Gênero: Drama/romance
Elenco: Michelle Williams, Seth Rogen, Luke Kirby, Sarah Silverman.
Dirigido pelos sensíveis olhos de Sarah Polley, a mesma diretora do elogiado Longe Dela(2006), “Entre o Amor e a Paixão” é uma dramática historia de amor onde sua principal visão é quanto aos íntimos sentimentos de Margot, uma personagem que assim como se descreve no inicio do filme, “evita  estar entre duas coisas”, e que tem o grande mérito  de contar com uma atuação irrepreensível e de grande entrega por parte de Michelle Williams, onde cenas de nudez e a aparente simplicidade de uma personagem tão rico não foram barreira para a sua atuação, considerada por mim uma das melhores do ano.

Quando sua personagem Margot conhece Daniel(Luke Kirby), durante uma viajem a trabalho, ela não imaginaria que aquele encontro casual mudaria por completo sua vida. E como ironia do destino, ela descobre que ele além de mexer com seus sentimentos, Daniel mora praticamente ao lado de sua casa, sendo assim, não restam muitas alternativas para ela do que de confessar que é casada com Lou (Seth Rogen), um marido presente e que aparentemente vivem uma divertida e ótima relação.

E a partir desses encontros e desencontros é que o filme desenvolve sua premissa que traduz toda temática da obra em seu título, literalmente Margot fica dividida entre o amor que sente por seu marido e uma paixão crescente pelo enigmático Daniel. Na realidade, os questionamentos de Margot são introspectivos, e não necessariamente refletem uma possível crise em seu casamento ou observamos em Daniel um personagem galanteador ou mesmo irresistível, na verdade, durante a condução do filme é demonstrado que nada disso importa e o que vale mesmo são os singelos sentimentos de cada personagem e sua incrível capacidade de fazer o espectador enxergar neles pessoas normais e de atitudes palpáveis e possíveis.
Entre o Amor e a Paixão é uma obra que tem como ancora a atuação e a grande qualidade dos seus três personagens principais e que consegue dialogar com o espectador usando o mais simples artifício de sedução, a verdade.  E a todo o momento o filme se mostra um romance adulto, feito para um público adulto e que deve ser visto como uma descoberta cinematográfica prazerosa e individual.
Trailer Aqui

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