Críticas de Filmes

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Crítica do Filme: Um Divã Para Dois (2012)***

Direção: David Frankel
Gênero: Comédia/Drama/Romance
Elenco: Meryl Streep, Tommy Lee Jones e Steve Carell.
O grande atrativo do filme “Um Divã para Dois” é sem sombras de dúvida as excepcionais e palpáveis atuações de Tommy Lee Jones e Meryl Streep.  Enquanto muito se falou na introspectiva e marcante atuação de Streep – como sempre sensacional e em um papel totalmente diferente –, assim como a grande possibilidade dela conseguir mais uma indicação ao Oscar de melhor atriz, quem rouba a cena é Tommy Lee Jones, e em um personagem recorrente e sempre característico, um homem já de idade, carrancudo e mal humorado, características que também acompanham o nome do ator na vida real.

O filme aborda a vida de Kay(Meryl Streep), uma dona de casa que após 31 anos de casada com Arnold(Tommy Lee Jones), vê seu relacionamento totalmente devastado pelo tempo. Além da falta de romantismo e intimidades do casal, é observada também uma repetitiva vida cotidiana onde a palavra casal não reflete a vida que os dois personagens levam, sendo apenas duas pessoas comuns convivendo embaixo do mesmo teto. E para tentar revitalizar os sentimentos e sentidos de um casamento que já foi feliz, Kay resolve buscar a ajuda de Dr. Feld, um renomado psicólogo de casais– interpretado por Steve Carell de maneira totalmente centrada –, para reavivar a chama da paixão entre eles.

“Um Divã para Dois” é um filme que se esforça para não ter um gênero especifico, a “grosso modo”, pode até parecer uma comédia romântica, mas se analisarmos o filme mais profundamente iremos encontrar um tocante drama, onde o casal em questão consegue demonstrar com cenas engraçadas e outras profundamente emocionantes, a devastação que o tempo e a vida cotidiana podem trazer em um relacionamento e consequentemente, na vida das pessoas envolvidas. 

Talvez essa premissa seja a grande responsável pelo sucesso do filme com o público que o busca como atração, há uma verdade sobressalente nas telas, assim como uma trilha sonora nostálgica e principalmente, cenas cômicas ou dramáticas que convencem o espectador das ótimas intenções do diretor David Frankel, que já conseguiu sucesso semelhante com o ótimo “O Diabo Veste Prada”.

Contando com personagens apaixonantes e interativos, a forma pela qual o diretor escolheu para se comunicar com o público foram os processos de distanciamento e intimidade do casal ao longo do filme, tudo para demonstrar ao espectador quando os personagens de Kay e Arnold estão em sintonia ou não. Seja na distância que varia de acordo com as sessões de terapia, ou mesmo nas inusitadas e engraçadas cenas de maior intimidade do casal ao seguir exercícios sexuais indicados pelo Dr. Feld.

"Um Divã Para Dois" me fez rir por varias vezes (e também gargalhar), com uma divertida história de amor que combina vários gêneros em um prazeroso e contemplativo roteiro. Pode não render indicações e premiações para Meryl Streep ou Tommy Lee Jones, mas ambos deixam exemplos generosos ao público de suas entregas aos personagens e principalmente, do tamanho da qualidade de suas carreiras e claro, suas atuações.

Possíveis Indicações ao Oscar: Melhor Atriz (Streep) e Melhor Ator (Tommy Lee Jones).
Trailer Aqui

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