Críticas de Filmes

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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Crítica do Filme: Intocáveis (2012)***1/2

Direção: Eric Toledano, Olivier Nakache.
Gênero: Comédia dramática.  
Elenco: François Cluzet, Omar Sy, Audrey Fleurot, Anne Le Ny, Clotilde Mollet.
Fenômeno mundial, sucesso de público e crítica, indicado pela academia francesa como representante do país ao Oscar de filme estrangeiro e o filme com a maior bilheteria fora da França desde “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, ultrapassando a marca de 23 milhões de espectadores, o que falar de um filme que o mundo já tem a mesma opinião, “Intocáveis” é maravilhoso e imperdível.
O mais interessante é que o filme é absorvente desde o principio: quando em seu prólogo observamos uma perseguição policial em alta velocidade ao carro onde estão o tetraplégico Philippe (François Cluzet) e seu motorista negro Driss (Omar Sy) e somos de forma assustadora surpreendidos pela alegria e capacidade de sagacidade dos personagens, percebemos que vamos embarcar em uma viagem tocante onde nunca saberemos o que estar por vir pela frente, drama ou comédia, risos ou lagrimas, assim é o filme, um turbilhão de emoções, divertido e prazeroso, mas acima de tudo memorável. Lembro que o filme é baseado em fatos reais e retrata a história de Philippe, um rico colecionador de artes que fica tetraplégico após um acidente e na sua incessante busca pelo assistente ideal, resolve contratar o problemático senegalês Driss, em grande parte por não demonstrar pena de sua situação física na inusitada e divertida cena da entrevista.  Aos poucos a amizade entre eles prevalece – assim como as comoventes e engraçadas cenas referentes à desigualdade e deslocamento entre os personagens – e aquela relação profissional a priori, se torna uma verdadeira e profunda amizade.  

Chamo atenção para as excepcionais atuações do já renomado François Cluzet e também de Omar Sy (premiado com o César de melhor ator), são atuações francas, comoventes e reais, deixando seus personagens – assim como o restante dos personagens que compõem o filme – muito próximos do espectador, não transparecendo em momento algum que vivenciamos a grande arte que é o cinema, e sim uma história totalmente perceptível em todos os sentidos.
O ritmo do filme é alucinante, cenas engraçadas não faltam, comoventes também não, e o filme vai se desenvolvendo – apesar de alguns clichês clássicos – e se tornando cada vez mais apaixonante, mesmo quando foge um pouco do seu foco ao tentar adentrar ainda mais na vida do personagem Driss – envolvendo uma problemática familiar – dessa vez, sem sucesso.

Se iremos ver “Intocáveis” entre dos cinco finalistas ao Oscar de melhor filme estrangeiro, acredito que sim, agora se vão premiar um filme humano e sensível, que tenta “brincar” com a situação teoricamente dramática usando momentos cômicos verdadeiramente engraçados, confesso que não sei, até porque, a academia de cinema americana tem certa predileção por dramas grandiosos ou introspectivos, assim como é o novo e também badalado filme de Michael Haneke “Amor” (tido como favorito), e que vem conquistando prêmios e mais prêmios pela Europa em 2012 e também emocionando platéias por onde passa. Mas esqueçam as premiações e principalmente o Oscar, acima de tudo não deixem de assistir ao grande filme que é “Intocáveis”, sem dúvida alguma, um dos melhores filmes que você vai assistir no ano, isso eu garanto.

Trailer : http://www.youtube.com/watch?v=FpwuGtn8aGA 

Possíveis Indicações no Oscar: Melhor Filme Estrangeiro, Ator( Omar Sy) e Roteiro Adaptado.

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