Críticas de Filmes

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Crítica do Filme: As Vantagens de Ser Invisível (2012) ***

Direção: Stephen Chbosky
Gênero: Drama
Elenco: Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Paul Rudd, Nina Dobrev, Mae Whitman.
Quando me deparei pela primeira vez com o livro e posteriormente com o filme chamado “As Vantagens de ser Invisível’ sinceramente nenhum dos dois me chamou atenção e só esperava dele mais uma produção que visa o público adolescente sem grandes atrativos ou complexidades. Mas após o estrondoso sucesso que o filme vem fazendo nos Estados Unidos e repetidamente a crítica especializada americana o apontando como um dos possíveis indicados ao Oscar, ficou difícil de não conferir essa obra que tanto tem aglutinado admiradores no Brasil e pelo mundo.

Bem, para começo de conversa não achei o filme isso tudo não, é um bom filme, onde a complexidade e envolventes personagens são sem dúvida alguma seu grande atrativo, mas o seu resultado final está muito longe de ser uma obra unânime ou que encante verdadeiramente um espectador mais exigente.

O filme que é baseado em um romance escrito pelo também diretor e estreante Stephen Chbosky (anteriormente só havia dirigido um pequeno filme amador), conta a história de Charlie (Logan Lerman) um jovem que tem dificuldades de interação até começar a se relacionar com dois amigos, Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson), que passam a conviver com ele e juntos descobrir ou vivenciar todas as paixões, frustrações, preconceitos e perspectivas da passagem da adolescência para a vida adulta. 

Todo esse retrato sobre a juventude é conduzido de uma maneira muito sóbria, sincera e um pouco pesada pelo diretor Chbosky, onde as cenas mais leves ou divertidas são raras, e ao lado da voz em off – recurso utilizado pelo diretor para dar voz aos escritos do personagem principal– deixam sobressair na tela todas as problemáticas envolvendo seus magníficos personagens.

Além da excelente trilha sonora – que varia de contagiante para deprimente, tudo de maneira proposital –, o maior trunfo do filme são as preciosas atuações do seu trio de atores: Logan Lerman, Ezra Miller e Emma Watson, todos em atuações sóbrias e encantadoras.  Na realidade, fiquei impressionado com a atuação de Logan Lerman – que nunca havia reparado anteriormente –, algo que varia do singelo ao arrebatados, assim como o ótimo Ezra Miller, que já havia me conquistado por completo no também denso Precisamos Falar sobre o Kevin(2011). 

Agora impressionado mesmo fiquei com o crescimento de Emma Watson como atriz, quem diria que aquela menina da saga Harry Potter teria uma atuação tão madura e misteriosa como é sua interpretação de Sam. Reparem que nas duas primeiras aparições de sua personagem, toda atenção é voltada imediatamente para ela e literalmente Emma Watson brilha nas telas, ficando ainda mais claro esse direcionamento na linda cena do túnel, talvez a mais clássica cena do filme.
Apesar de todos os méritos descritos acima, “As Vantagens de Ser Invisível” não é um filme perfeito e acaba se revelando uma obra fria, mesmo com os tórridos questionamentos abordados.
 
Possíveis Indicações no Oscar: Melhor Filme, Trilha Sonora, Roteiro Adaptado, Atriz Coad. (Emma Watson), Ator Coad (Ezra Miller) e Melhor Ator (Logan Lerman).
Trailer Aqui

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