Críticas de Filmes

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Crítica do Clássico: O Exterminador do Futuro(Quadrilogia)

Como estou em uma fase de também rever obras importantes da história do cinema, e com isso aproveitar ainda mais a minha grande cinemateca (com cerca de 5.000 títulos), estou revisando e catalogando diretores e suas filmografias (a maioria completa). E na semana passada, tive o prazer de rever toda quadrilogia do enorme sucesso que foi a saga “O Exterminador do Futuro”, dando uma atenção especial aos dois primeiros filmes dirigidos por James Cameron. Segue abaixo minha crítica sobre cada um dos quatro filmes.

O Exterminador do Futuro (1984)    ***
Direção e Roteiro: James Cameron
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Michael Biehn, Linda Hamilton, Paul Winfield, Lance Henriksen.

Sinopse: Num futuro próximo, a guerra entre humanos e máquinas foi deflagrada. Com a tecnologia a seu dispor, um plano inusitado é arquitetado pelas máquinas ao enviar para o passado um androide (Arnold Schwarzenegger) com a missão de matar a mãe (Linda Hamilton) daquele que viria a se transformar num líder e seu pior inimigo. Contudo, os humanos também conseguem enviar um representante (Michael Biehn) para proteger a mulher e tentar garantir o futuro da humanidade.

Crítica: Foi uma grata surpresa rever O Exterminador do Futuro e confesso que o filme em minhas lembranças não era tão bom quanto percebi que é nessa revisão. Outro fator que torna o filme tão importante e que ele foi o verdadeiro primeiro filme (Direção e Roteiro) do hoje renomado James Cameron, pois anteriormente havia apenas sido contratado para dirigir o horrível Piranhas 2. Além disso, o filme conseguiu dar o status de estrela a Arnold Schwarzeneger (muito bem no papel do Cyborg), assim como conseguiu grandes inovações tecnológicas que podemos perceber nos ótimos efeitos especiais. 

Outro mérito do filme é que além de ser uma ótima obra de ação, também tem através de seu elaborado roteiro grande importância dentro do gênero ficção cientifica, especialmente com a grande revelação e reviravolta no roteiro que eu não lembrava – que na realidade o personagem Kyle Reese(Michael Biehn), enviado do futuro pelo próprio John Connor, acabaria se envolvendo com Sarah Connor(Linda Hamilton) e sendo assim, pai de John, isto é, se John Connor nunca tivesse sido enviando seu próprio pai ao passado para defender sua mãe( ele teoricamente não sabia disso), ele nunca existiria. 


O Exterminador do Futuro 2(1991) ****
Direção e Roteiro: James Cameron
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton, Edward Furlong, Robert Patrick, Joe Morton.

Sinopse: Depois de falhar em tentar matar Sarah Connor, a Skynet envia um androide modelo T-1000(Robert Patrick) – de metal liquido –para matar o ainda jovem John Connor (Edward Furlong). Em contrapartida, a resistência envia um modelo T-101(Schwarzenegger), que foi reprogramado para proteger John para evitar assim que no futuro, o grande lider da resistencia deixe de existir.

Crítica: O Exterminador do Futuro 2 é simplesmente fantástico, e após o rever tenho a certeza absoluta que é um dos 10 melhores filmes de ação em todos os tempos. O filme é tão completo que fica fácil citar suas qualidades: temos um roteiro que possui um ritmo frenetico além de frases e cenas inesqueciveis, como a notoria " Hasta la vista, baby"; além disso, os efeitos especiais que compôem o filme são excepcionais– em sua maioria envolvendo o androide T-1000 e sua capacidade de mudar de forma – e que merecidamente venceu o Oscar da categoria, além dos prêmios tecnicos que o filme venceu:melhor de Som, Mixagem de Som e Maquiagem.
 
Não podemos também de deixar de elogiar as  atuações dos quatro principais personagens do filme (Arnold, Hamilton, Furlong e Robert Patrick), todas muito convincentes e elogiaveis. O Exterminador do Futuro 2 é magnifico e 90% do merito pertence a James Cameron e sua capacide de dirigir uma obra tão marcante na história do cinema, e se você ainda não teve a oportunidade de assistir ao filme veja, pois na minha opinião é o melhor filme da quadrilogia e dificilmente sua capacidade tecnica deixa de impressionar, até mesmo nos dias de hoje.


O Exterminador do Futuro 3- A Rebelião das Máquinas (2003) ***
Direção: Jonathan Mostow
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Nick Stahl, Claire Danes, Kristanna Loken.

Sinopse: Sete anos depois da explosão da Cyberdine, John Connor vive como um nômade, fugindo do futuro que ele supostamente adiou. Com a primeira batalha entre os humanos e a inteligência artificial da empresa SkyNet prestes a ocorrer e na intenção de eliminar John Connor (Nick Stahl) e seus futuros aliados, as máquinas enviam um novo ciborgue exterminador em seu encalço: T-X (Kristanna Loken). Para protegê-lo mais uma vez o ciborgue T-800 (Arnold Schwarzenegger) volta à cena.

Crítica: Essa terceira parte da saga Terminator possui pontos positivos e negativos bem claros. Como negativos cito a falta de carisma e qualidades nos dois principais atores do filme (Nick Stahl) – totalmente apático para o papel – e Claire Danes, que particularmente a acho muito fraca, e, além disso, essa terceira parte se fixa mais em ser um grande filme de ação que visa as bilheterias, do que possuir um roteiro que valorize sua vertente cientifica – como foi predominante nos dois primeiros da série. E como ponto positivo, cito as vibrantes e emocionantes cenas de ação que compõem o filme, realmente espetaculares. 
Em seu conjunto, O Exterminador do Futuro 3 é um ótimo entretenimento e um filme de ação diferenciado, que pouco consegue agregar de conteúdo ao seu simples roteiro, apenas se valorizando com seus  efeitos especiais magníficos e uma melhora significativa em seus minutos finais, onde aí sim podemos perceber mais facilmente um pouco de inteligência em um filme feito para espectadores menos exigentes. 


O Exterminador do Futuro  - A Salvação(2009) **
Direção: McG
Elenco: Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin, Bryce Dallas Howard, Moon Bloodgood, Helena Bonhan Carter.

Sinopse: 2018. John Connor (Christian Bale) é designado para liderar a resistência humana ao domínio das máquinas, coordenadas pela Skynet e seu exército de exterminadores. Um dia surge Marcus Wright (Sam Worthington), cuja última memória que possui é de estar no corredor da morte. Connor precisa descobrir se Wright foi enviado do futuro ou resgatado do passado, ao mesmo tempo em que a Skynet prepara seu ataque definitivo.

Crítica: Sem dúvida alguma, “Exterminador do Futuro – A Salvação” é indiscutivelmente o mais fraco e totalmente desnecessário filme da série, se revelando uma “mancha” na reputação de uma saga tão premiada e idolatrada pela crítica e fãs de toda parte do mundo. Talvez o grande culpado pela baixa qualidade do filme seja seu diretor, McG, muito precocemente escolhido para exercer o papel de condutor de um filme que anteriormente teve James Cameron como diretor, ainda mais que em seu currículo só tem como destaque o popular e irregular “As Panteras”, um filme mais conhecido por sua leveza e piadas do que pela qualidade técnica – sempre o ponto alto da franquia. 

Outro ponto que julgo negativo é o visual do filme, extremamente escuro e que acaba lembrando muito– até propositalmente – ao “new classic” Mad Max, só que se acentuando uma rebuscada direção de arte que ao lado de cenas noturnas –em sua maioria – não são valorizadas. 
O único ponto que me chama atenção e se torna digno de elogios é a construção do personagem Marcus Wright (Sam Worthington) – um condenado a morte que doa seu corpo para a ciência e mais tarde se descobre um cyborgue lutando em favor da Skynet –, além de observarmos uma atuação convincente de Worthington, as questões complexas levantadas por seu personagem e o personagem John Connor relativas à sua condição são extremamente interessantes, assim como os minutos finais do filme, onde as grandes sacadas do roteiro e resquícios de inteligência ficam mais evidentes. 

E o filme chega ao ápice quando surge nas telas uma representação digital do eterno personagem T-800 – anteriormente protagonizado por Schwarzenegger – a grande estrela dessa renomada saga. O Exterminador do Futuro 4 – A Salvação é um filme irregular, que nem de longe lembra ou deixa marcas como os ótimos dois primeiros filmes da série (dirigidos por James Cameron), ou mesmo o divertido terceiro filme que apesar de sua simplicidade, não se converteu em uma obra escura e por vezes aborrecível como é essa desnecessária produção.

Um comentário:

  1. Devido a minha idade (28 anos), sou daqueles que assistiu primeiro o segundo filme e, obviamente, fiquei deslumbrado. Esse é daqueles filmes que definem o caráter da pessoa, se vc não gosta de Terminator 2 com certeza vc é mal caráter. Ou é uma mulher. Brincadeiras a parte, quando eu assisti o primeiro filme, fiquei ligeiramente decepcionado. Por ter muita gente que afirma gostar mais do primeiro que do segundo, achei que ele fosse um pouco melhor. É um bom filme, mas é meio datado e tem um furo no roteiro (sim, a parte que envolve o pai de John Connor não é paradoxo, é furo mesmo). Um outro filme q tb é datado, mas considero muito melhor é Total Recall (O Vingador do Futuro). Agora, Terminator 2 não tem o que falar, é um puta filmaço. E diferente do autor da crítica, considero o terceiro o mais fraco. Tanto o 3 quanto o 4 são dispensáveis, deveriam ter feito uma trilogia em que o terceiro fosse logo a batalha final dos humanos contra as máquinas, mostrando a vitória dos humanos. Estamos no aguardo desse filme, mas parece que absurdamente não vai sair.

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