Direção: Ziad Doueiri
Sinopse: Beirute. Toni (Adel Karam) é um cristão libanês que sempre rega as plantas de sua varanda e um dia, acidentalmente, acaba molhando Yasser (Kamel El Basha), um refugiado palestino. Assim começa um intenso desacordo que evolui para julgamento com ampla cobertura midiática e toma dimensão nacional.
O fato que mais me incomodou em "O Insulto" foi a "cara" de telefilme. Entre todos os concorrentes, é o mais fraco tecnicamente, principalmente em relação a narrativa. É um típico melodrama, e filmado da forma mais "quadrada" que possível. Apesar da história ser poderosa, e universal, o desenvolvimento é o mais previsível que se possa imaginar.
Entre os destaques está a atuação do elenco e os embates nos tribunais (sim, o filme é do gênero "filme de tribunal). A obra, de origem libanesa, se passa no Oriente Médio (é, claro), e apresenta como um conflito "pequeno"pode se tornar uma grande discussão nacionalista.
Lúcia Monteiro, crítica do jornal Folha de São Paulo, ressalta que em "O Insulto", o lugar da vítima e do agressor estão sob permanente disputa. O refugiado palestino e o libanês cristão revezam-se em ambos papéis, o que não implica em uma suposta neutralidade do filme, mas garante pontos de vista cambiantes.
Já a revista america Variety diz que, rumo ao final, Doueiri tenta trazer um pouco mais de nuance aos personagens principais, mas a raiva de Tony impede qualquer comportamento conciliatório, e soa um tanto manipuladora. Yasser se torna o personagem mais complexo, mas talvez seja apenas por se mostrar mais contido.
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