Direção: Jeff Nichols
Elenco: Joel Edgerton, Ruth Negga, Will Dalton
Sinopse: Richard (Joel Edgerton) e Mildred Loving (Ruth Negga), um casal interracial, são presos em junho de 1958 por terem se casado. Jogados na prisão e exilados do estado onde viviam, eles lutam pelo matrimônio e pelo direito de voltar para casa como uma família.
Meu Comentário: Possivelmente “Loving” deve estar entre os finalistas do Oscar 2017, já que as atuações de Joel Edgerton e Ruth Negga são os grandes destaques do filme e, merecidamente, foram indicadas ao Globo de Ouro e a outras tantas premiações.
Baseado em fatos reais, o filme é dirigido por Jeff Nichols, um diretor “novato” e realmente especial. Foi ele o responsável pela criação de dois grandes filmes que vi nos últimos anos: O Abrigo (2011) –que é realmente espetacular –, e Amor Bandido (2012). Mas também errou feio em Destino Especial (2016), uma ficção cientifica juvenil mal elaborada e esquisita. Loving não é o seu melhor trabalho, mas o seu filme mais convencional.
Preconceito, injustiça e amor. São esses os temais centrais de “Loving”. Um filme sóbrio e bem realizado, e que não se utiliza de grandes tragédias ou apelações raciais para fisgar o seu espectador. Mas ainda assim, o filme a todo momento cria a expectativa de que algo trágico e grandioso irá acontecer. Quando na realidade, expõe que somente a dor moral e o cerceamento dos direitos humanos já são suficientes para causar indignação. Dessa forma, ressalta que a violência presente em filmes que abordam questões raciais não precisam vir acompanhadas da violência física – como tantas vezes vimos na história do cinema.
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