Críticas de Filmes

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Crítica do Filme: La La Land: Cantando Estações (2016) ***

Direção: Damien Chazelle
Elenco: Emma Stone, Ryan Gosling, Rosemarie DeWitt, J.K.Simmons, John Legend

Meu Comentário: “La La Land: Cantando Estações” é realmente um filme adorável. Possui uma trilha sonora impecável, uma canção principal ‘que não sai da cabeça” e uma historinha de amor que causa empatia. Mas apesar de ser o grande favorito ao Oscar de melhor filme, e ter ganho sete estatuetas no Globo de Ouro do último domingo (07), o filme está longe de ser uma obra irretocável.

O musical fala de sonhos e amor. Duas coisas que quando bem idealizadas e concretizadas, adoramos ver nas telas dos cinemas. Além disso, faz uma contundente homenagem a Los Angeles, e principalmente ao cinema. No filme, Mia (Emma Stone) é uma aspirante a atriz que trabalha em uma cafeteria dentro dos estúdios da Warner, tudo para ficar bem próxima do seu sonho de infância.  E Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz, que ganha a vida tocando em festas e bares, mas sonha ser dono de uma casa noturna especializada no gênero. E entre encontros e desencontros, nasce desses dois sonhadores um verdadeiro “conto de fadas moderno”.


Nostálgico, “La La Land” faz questão de transportar o seu espectador para o universo da “Era de Ouro de Hollywood”, período entre as décadas de 1940 e 1960, onde os musicais dominavam as bilheterias e encantavam o público com incríveis cenas de dança e histórias de amor. E apesar do grande trabalho desenvolvido pelo diretor e roteirista Damien Chazelle, ainda considero que o filme está um degrau abaixo do genial “Whiplash”(2014), primeira obra dirigida pelo diretor e merecidamente vencedora dos prêmios de melhor ator coadjuvante (J.K.Simmons), edição e mixagem de som no Oscar. Além do mais, também foi indicado nas categorias de melhor filme e roteiro adaptado. 

E nesse contexto de paixões e frustrações, quem brilha verdadeiramente em “La La Land’ é Emma Stone, na melhor atuação de sua carreira. E que independente de quem for indicado ao Oscar na categoria de melhor atriz, ela já possui a minha torcida. Tudo em razão de um desempenho tocante e sensível. O mesmo não posso falar de Ryan Gosling, que interpreta o típico “mocinho” da história. E dessa forma, não apresenta nada de novo ou atraente, se limitando a atuar com uma carinha de “cachorro abandonado”. E que até pode enganar “alguns”, a maior prova disso é sua vitória no Globo de Ouro na categoria de melhor ator em comédia ou musical.


As cenas de dança são muito bem coreografadas, a direção de arte perfeita, a trilha sonora, como já havia dito, é marcante, e o filme possui o dom de cativar o seu espectador. Mas falta a obra a genialidade de um “Moulin Rouge” (2001), a empolgação presente em “Grease”(1978) e grandiosidade irretocável de clássicos do gênero,  como “Cantando na Chuva” (1952), “Sete Noivas para Sete Irmãos” (1954) e “A noviça Rebelde” (1965).

“La La Land: Cantando Estações” não é um filme memorável. Sinceramente, não enxergo na obra qualidades que o faça entrar para a posteridade do gênero ou da história do cinema. Mas admito, a história de amor é realmente sedutora e o último ato da obra praticamente já vale o ingresso. E termino citando o poeta Manuel Bandeira: “Quero descansar humildemente pensando na vida e nas mulheres que amei/ na vida inteira que podia ter sido e que não foi. ”


Confira o trailer de La La Land: Cantando Estações:

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