Elenco: Checco Zalone, Eleonora Giovanardi, Sonia Bergamasco
“Funcionário do Mês” é um daqueles filmes que teoricamente ninguém conhece, mas que de forma inesperada, se torna grande sucesso de público, muito em razão das indicações “boca a boca”. A obra incrivelmente repete no Brasil um fenômeno semelhante ao da Itália, onde atingiu a incrível marca de maior bilheteria em todos os tempos.
O filme é dirigido e roteirizado por Gennaro Nunziante, que tem uma carreira desconhecida até aqui. Em "Funcionário do Mês", o diretor repete a parceria com o caricato ator Checo Zalone, que estrelou todos os seus filmes.
Na obra, Checco Zalone interpreta um homem que tem a vida que sempre desejou: é mimado pelos pais, bajulado pela família da namorada, e tem o emprego dos sonhos, é funcionário público. Após a implementação de uma política para cortar os gastos, o governo passa a incentivar que funcionários públicos assinem um acordo demissional ou correm o risco de serem transferidos para os “piores lugares possíveis”. Com isso, a vida de Checco vira de “cabeça para baixo”. E apesar de toda a pressão para que desista do emprego, ele faz o “possível e o impossível” para se manter no cargo.
O personagem principal é cara de pau, preconceituoso e racista. E o grande mérito do filme é justamente este, as suas piadas de humor negro.
Funcionário do Mês não chega a justificar tanto sucesso com o público, mas vale a pena ser visto. Divertido, o filme possui muitas piadas "regionais", o que explica o sucesso no país de origem.
Na realidade, a obra é uma grande sátira ao pensamento e jeito “italiano de ser”. Além disso, o filme possui ótimas piadas, bons diálogos, mas erra ao não manter uma padronização da história, alterando momentos geniais com um tom “pastelão”, muito em razão da caricata atuação do protagonista.
Confesso que Checco Zalone me lembrou o inicio da carreira de Roberto Begnine, que passei a conhecer na “pequena” obra prima “O Monstro” (1994), e que em 1998, surpreenderia o mundo ao vencer o Oscar de melhor ator e filme estrangeiro com o magnífico “A Vida é Bela” (1998).
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