Críticas de Filmes

Críticas de Filmes

domingo, 27 de março de 2016

Clássicos do Cinema (3)


O Médico e o Monstro (1931) ***
Direção: Rouben Mamoulian
Elenco: Fredric March, Mirian Hopkins, Rose Hobart

Meu Comentário: Definitivamente “O Médico e o Monstro” é um filme ousado. Seja pela utilização de planos subjetivos (a câmera substitui o olhar do protagonista) ou mesmo pela composição de algumas cenas sensuais e provocantes. Méritos também para o corajoso desfecho da obra. O filme foi indicado ao Oscar na categoria de melhor fotografia, roteiro (merecidamente) e ator, rendendo a Fredric March o justíssimo prêmio. A atuação de March é espetacular, mas não posso disser o mesmo de sua “irregular” caracterização. Estamos diante de um grande filme, e que talvez seja a melhor adaptação cinematográfica da clássica obra de Robert Louis Stevenson.



Tabu (1931) ***
Direção: F. W. Murnau


Meu Comentário: De uma coisa eu tenho certeza, Murnau é um dos melhores diretores da história do cinema. E acima de tudo, foi um inovador quanto a linguagem cinematográfica, técnica e desenvolvimento dos seus personagens. Aurora (1927), Nosferatu(1922), A Última Gargalhada (1924), Fausto(1926), Tartufo (1926) e Tabu são exemplos dessa genialidade, que infelizmente foi interrompida em um acidente de automóvel aos 42 anos, justamente enquanto trabalhava na  finalização de Tabu. Cito ainda que o grande documentarista Robert J. Flaherty (Nanook, Os Homens de Aran) contribuiu com o filme, aumentando ainda mais sua lendária história. Tabu é realmente magnífico. O que mais me impressionou no filme foi sua trilha sonora, composta em total sintonia com as imagens, algo que realmente me deixou deslumbrado.

Além disso, o filme é muito bem dirigido e a essência da história é recoberta de “tabus”. O filme foi filmado em locações naturais, e rendeu um Oscar de melhor fotografia – merecidamente. O filme é dividido em dois capítulos intitulados “Paraíso” e “Paraíso Perdido”.  No primeiro a câmera “passeia” pela ilha de Bora- Bora, onde dois jovens nativos se apaixonam. Mas após ser escolhida pelo chefe de todas as ilhas, ela passa a ser chamada de Tabu, que significa que está interditada para desejos masculinos. Então a jovem é raptada por Matahi, e passam a fugir da maldição. Assim se dá inicio ao “Paraíso Perdido”. Só para constar, seu trágico final é filmado de forma inesquecível. Um clássico obrigatório para qualquer apaixonado pela sétima arte. 

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