Críticas de Filmes

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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Crítica do Filme: A Entrevista (2014) **


Direção: Seth Rogen/ Evan Goldberg
Elenco: Seth Rogen, James Franco,  Lizzy Caplan, Randall Park

Sinopse: Quando um popular apresentador americano(James Franco) tem a oportunidade de entrevistar o inacessível Kim Jong- un (Randall Park), líder da Coréia do Norte,  ele e seu produtor (Seth Rogen) são envolvidos pela CIA em um mirabolante plano para assassiná-lo.

Meu Comentário: Depois tanta repercussão envolvendo o seu lançamento, e após várias ameaças do governo da Coréia do Norte para impedi-lo, finalmente a Sony Pictures resolveu lançar o filme em alguns cinemas norte-americanos e também disponibilizar na internet o seu conteúdo para compra (forma mais fácil de acesso). E já adianto, cinematograficamente foi muito barulho por quase nada.

Analisando somente o filme, “A entrevista” não passa de uma comédia superficial, repleta de piadas grotescas e poucas situações realmente engraçadas, e onde nitidamente podemos captar a essência de boa parte dos filmes protagonizados por Seth Rogen (que gosto muito) e também James Franco (em uma atuação “forçada” e caricata), onde o humor negro (às vezes muito bem utilizado) prevalece, vide É o fim(2013), Segurando as Pontas(2008) e Ligeiramente Grávidos(2007).

A Entrevista não é de forma alguma uma crítica ao sistema comunista e a liderança de Kim Jong-un na Coreia do Norte, muito ao contrário, o uso da imagem do recluso líder é apenas uma “escada” para as situações improváveis utilizadas pelo ator/diretor Seth Rogen. Quem aguardava “perceber” o filme como uma crítica inteligente ao sistema comunista da Coreia do norte vai se decepcionar, pois definitivamente o filme não é uma comédia inteligente, corajosa e pontual, e mesmo que teça algumas críticas vorazes e pontuais ao governo de Kim (algumas realmente constrangedoras para o  governo norte coreano), tudo ainda é muito brando.

Um dos destaques do filme é a cativante atuação de Randall Park na pele do ditador coreano, realmente convence tanto nos momentos de diversão (criando uma imagem totalmente diferente de Kim) ou mesmo quando demonstra o que ele supostamente é, um “ditador sanguinário”.

“A Entrevista” consegue divertir, mesmo que decepcione por ser apenas mais uma comédia a chegar ao circuito comercial, e não uma importante crítica política ou mesmo social que se utiliza desses assuntos para realizar uma obra com conteúdo e humor, algo presente nos já consagrados Doutor Fantástico(1964), MASH(1970), Tempos Modernos(1936) e O grande Ditador(1940).

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