Críticas de Filmes

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domingo, 26 de maio de 2013

Crítica do Filme: Uma Garrafa no Mar de Gaza(2011)***

Direção: Thierry Binisti
Gênero: Drama
Elenco: Agathe Bonitzer, Mahmud Shalaby, Hiam Abbass.
Sinopse:
Tanto Tal (Agathe Bonitzer) quanto Naïm (Mahmud Shalaby) nasceram em um terreno de terra queimada, onde os pais costumam enterrar seus filhos. Entretanto, as vidas deles são bem diferentes. Tal tem 17 anos, é judia e mora em Jerusalém, enquanto que Naim tem 20 anos, é palestino e mora em Gaza. Apenas 60 milhas os separam em relação à distância, mas o histórico de guerra entre os povos é um grande complicador. Só que uma garrafa jogada ao mar pode mudar a situação entre eles, trazendo forças para que suportem esta dura realidade.

Comentário: O grande mérito do filme é a sua capacidade de expor ao espectador as nuances e contradições entre o “eterno” conflito de palestinos e judeus através da ótica e também o dia-a-dia de dois jovens de cada região. Sem ser piegas, sem tomar partido do conflito, sem julgamentos, Uma Garrafa no Mar de Gaza é um bom filme, muito bem dirigido e que conta com uma eficiente e iluminada atuação de Mahmud Shalaby, que interpreta o jovem palestino Naim. Já em relação à atriz Agathe Bonitzer, que interpreta a jovem e rebelde menina judia Tal, confesso que criei certa resistência em relação a sua atuação e principalmente sua personagem. Aquela história de rebeldia a flor da pele, seus conflitos familiares (também claros no personagem palestino), mas aqui abordado de forma mais adolescente não me agradaram, pois enquanto ela tenta demonstrar seu momento rebelde coloca um piercing abaixo da boca, o jovem palestino enfrente toda a rigidez religiosa/nacionalista de sua família para estudar francês, vejam que contraste.

 Uma Garrafa no Mar de Gaza consegue ser uma obra correta, que questiona a guerra no Oriente Médio e consegue aclarar de modo eficiente para qualquer espectador – inclusive o enxergo como um ótimo modelo de informação aos jovens, tanto por sua história quanto seus personagens –, questionamentos sobre o conflito.Questões como o medo, a diferença, a importância do conhecimento e o respeito entre os povos são abordados ao longo do ótimo desenvolvimento dado ao filme pela direção de Thierry Binisti e seu eficiente roteiro, que acaba sendo o grande “fio condutor” da obra. Trailer Aqui.

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