Direção: Roberto Santucci
Gênero: Comédia
Elenco: Leandro Hassum,Daniele Winitz, Kiko Mascarenhas, Ailton Graça.
Sinopse: Tino (Leandro Hassum) é um pai de família comum que vê sua vida virar de ponta a cabeça após ganhar na loteria. Levando uma vida de ostentação ao lado da mulher, Jane (Danielle Winits), ele gasta todo o dinheiro em 15 anos. Ao se ver quebrado, Tino aceita a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas), um consultor de finanças super burocrático e que por sinal vive seu próprio drama ao enfrentar uma crise no casamento com Laura (Rita Elmôr). Tentando evitar que Jane descubra a nova situação financeira, afinal ela está grávida do terceiro filho não pode passar por fortes emoções, Tino se envolve em várias confusões para fingir que tudo continua bem. Para isso, conta com ajuda do melhor amigo, Adelson (Aílton Graça), e dos filhos.
Minha Crítica: Na realidade não sei por que ainda perco tempo assistindo a um filme brasileiro que já aparenta na “cara” que é um filme fraco e sem atrativos. Se não fosse minha esposa e sua intenção de assistir mais essa produção brasileira da Globo filmes, dificilmente me aproximaria dessa obra.
A falta de qualidade nas comédias produzidas pela produtora são as mesmas que observamos nos programas de humor de sua programação diária: atores e personagens em atitudes “forçadas”, uma enxurrada de piadas sem graça, gags visuais como tentativa de “grande atrativo” e também a notória forma de que o filme é produzido, sempre priorizando a linguagem televisiva, seja no roteiro ou mesmo na fotografia. O mais incrível é que algumas dessas obras acabam sendo sucesso de público, o que não está relacionado em nada com a baixa qualidade das produções e seus roteiros enfadonhos.
Teoricamente baseado no grande sucesso literário “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, “Até que Sorte nos Separe” em pouco lembra a seriedade e a metódica do livro de Gustavo Cerbasi. Na verdade, o cinema brasileiro fracassou em 2012 graças ao grandioso numero de produções de baixa qualidade artística (ou a mínima técnica), e que estão visivelmente preocupadas em agradar a um público “menos exigente” e com isso, acabam afastando das salas de cinema um público mais seleto e que consegue perceber a falta de cuidados com os recentes projetos da produtora. Para se ter uma ideia, vou citar algumas obras produzidas pela Globo filmes nos últimos anos e que pecam pelo mau gosto e tentam se utilizar do bom elenco da emissora para tentar vender suas obras também no cinema: Totalmente Inocentes, O Diário de Tati, Billi Pig, As Aventuras de Agamenon, Familia Vende tudo, O Bem Amado, Romance, A cada da mãe Joana, entre outros.
Nem vou dizer que “Até que a Sorte nos Separe” é um filme decepcionante pois não tenho como dizer isso uma vez que pouco esperava dele, mas consequentemente, é totalmente palpável logo de inicio a falta de qualidades na obra. Entre os fatores que “contribuem” para o insucesso do filmes estão: um elenco muito caricato (começando pela dupla Hassum e Daniele Winitz e terminando na péssima atuação de Kiko Mascarenhas e seu núcleo); o enorme número de piadas estereotipadas e de gosto duvidoso; além de um roteiro que se perde dentro de suas próprias conclusões, pois cito como exemplo mais claro desses equívocos a personagem de Daniele Winits, que sempre faz questão de dizer que não ligar para dinheiro mas vive gastando fortunas sem culpa e consumindo o mercado de luxo.
Sendo assim, se não quiser ter uma sessão de cinema que aborrece muito mais do que agrada, passe longe de Até que a Sorte nos Separe!
Nenhum comentário:
Postar um comentário