Direção: Leos Carax
Gênero: Drama
Elenco: Denis Lavant, Eva Mendes, Kylie Minoque, Michel Piccoli.
Sinopse: O sr. Oscar (Denis Lavant) é um viajante e passa a sua existência entre várias vidas. Ele é um assassino, uma criatura monstruosa, um mendigo ou um pai de família. Parece desempenhar papéis, mergulhando inteiramente em cada um deles e vagando por Paris em uma luxuosa limusine. Sabemos que anda em busca da beleza do gesto e dos fantasmas da sua vida. Mas, afinal, quem é ele e onde pertence?
Comentários: O diretor francês Leos Carax, é um artista quase que experimental e sempre trabalha na tentativa de chocar/surpreender o espectador. E após quase 13 anos sem dirigir sozinho um longa metragem – tinha feito apenas uma participação como diretor no filme Tokyo (2008) –, isso depois do grande fracasso e da repercussão negativa do filme Pola X(1999) – e que contava com constrangedoras cenas de sexo explicito –, Carax retornou a Cannes com essa sua nova produção que dividiu críticas e opiniões. O que será que pretendia o diretor ao realizar uma obra tão estranha e desconexa quanto Holy Motors?
Mesmo com um roteiro tão surreal, mesmo contando com personagens tão bizarros e poucas cenas que visam o entendimento do espectador, incrivelmente são enormes os números de fãs da obra e também a quantidade de premiações que vêem colecionando em festivais e círculos de críticos pelo mundo. O filme acompanha o Sr. Oscar (Denis Lavant em uma brilhante atuação – a melhor coisa do filme.), que passa o dia dentro de sua limusine branca, representando personagens de maneira visceral, diferenciada e imortal. Tudo é realizado com uma aura de faz de conta, de forma experimental e nada realista, tanto é que por duas vezes os personagens do Sr. Oscar, demonstram beirar a imortalidade, tudo isso nas duas melhores e mais impactantes cenas do filme.
Particularmente não gostei do filme e tenho uma opinião convicta, seja qual for à intenção de Leos Carax, ela não passa de mais uma tentativa frustrada de realizar uma obra pretensiosa e por vezes falsa. E fica difícil de explicar ao leitor todas nuances de uma obra tão teórica, e que parece ser uma pequena homenagem ao ato de representar, as interações do público com o cinema e também ao verdadeiro papel do artista, mas nada fica claro e tudo é demonstrado de maneira difícil e alegórica. Cabe a mim, deixar para cada um que analise a obra como um movimento intimista e pessoal e que tirem cada um suas próprias conclusões de um roteiro tão desconexo e que acaba mantendo o espectador sempre distante e ávido por uma solução ou resposta, fato que não acontece e ao contrário, Holy Motors deixa mais dúvidas do que responde aos anseios de qualquer público.
Trailer Aqui
Trailer Aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário