Críticas de Filmes

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domingo, 18 de novembro de 2012

Crítica do Filme: Valente (2012)** 1/2

Direção: Mark Andrews, Brenda Chapman
Gênero: Animação
Vozes: Kelly Macdonald, Billy Connoly, Emma Thompson, Julie Walters.

Fui totalmente empolgado – apesar de minhas ressalvas com relação aos filmes de animação - para assistir a essa nova produção da Pixar, que também foi  responsável pelos ótimos, e dos quais sou fã de alguns: Toy Story, Vida de Inseto, Procurando Nemo, Wall-E e Ratatouille, resumindo, elogiadas animações que também foram campeãs de bilheteria. Mas após a aquisição por completo da Pixar pela Disney, era questão de tempo até a companhia investir em um filme de animação mais “convencional”, um conto de fadas com a cara da Disney, e para deixar sua marca diferenciada surge a primeira protagonista mulher da Pixar, surge Mérida, a princesa valente que dá nome ao filme. 

A história do filme gira em torno dessa princesa de cabelos rebeldes e atitudes mais rebeldes ainda, que é treinada para ser uma princesa – em todos os sentidos – e que na verdade tenta viver livre e de maneira aventureira. Quando sua mãe resolve realizar uma competição contra a sua vontade para escolher seu futuro marido, Mérida recorre a um feitiço para fazer com que ela mude de opinião, mas as coisas não saem como planejadas e a rainha acaba sofrendo uma transformação que não era a que a jovem princesa esperava. Começa então o processo de amadurecimento de Mérida enquanto tenta reaver o feitiço que caiu sobre sua família, evitar uma guerra eminente e acima de tudo, fugir e resolver as várias confusões que acaba se metendo decorrentes de sua negligente decisão.
Como filme, acho Valente apenas convencional, possuindo uma história que beira a banalidade somente destacando sua parte técnica – sempre irretocável –, e as cenas relacionadas à transformação de sua mãe, que acabam beirando a genialidade, e sendo por vezes extremamente engraçadas.

Das animações que pude ver esse ano Valente ainda é superior as restantes, mas acredito que a grande vencedora do Oscar de melhor animação ainda está por vir, pois seria um retrocesso na premiação dar o prêmio de melhor filme para uma animação pouco original e nada memorável, e que contém uma péssima característica das animações – até entendo por serem voltadas ao público infantil – sempre tem que conter uma “lição de moral” no final, acho que acima de tudo o cinema tem que ter identidade própria, seja em um bom drama ou em uma animação, talvez essa seja a grande diferença que ainda me mantém afastado de ser um apaixonado por esse gênero cinematográfico, salve algumas e raras exceções.

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