O Insulto (2017) - Ziad Dueiri *** (Confira a crítica completa)
O Insulto foi um dos cinco finalistas na categoria de melhor filme estrangeiro do Oscar 2018 (que premia os melhores filmes de 2017), mas quem acabou vencendo foi o chileno"Uma Mulher Fantástica"(2017), um filme que possui qualidades, mas que considero inferior a outros três concorrentes: Sem Amor, de Andrey Zvyagintsev (o meu favorito), Corpo e Alma e O Insulto.
120 batimentos por minuto (2017) - Robin Campillo **1/2
O filme francês foi uma das obras mais premiadas de 2017, inclusive vencendo o César, o Oscar do cinema francês, na categoria de melhor filme. Além disso, disputou o Festival de Cannes (com destaque), e o European Film Awards, na categoria de Melhor Filme. A obra, que se passa no início dos anos 90, acompanha o grupo ativista Act Up, que intensifica seus esforços para que a sociedade reconheça a importância da prevenção e do tratamento em relação a Aids. Apesar da temática, o filme é muito "quadrado", tanto na narrativa quanto na direção de Campillo. Uma obra que não surpreende e é ainda mais prejudicada pela extensa duração (2h 23min).
Divórcio (2017) - Pedro Amorim *
Pensem em um filme ruim. Confesso que fui enganado pelo trailer, que "vendia" uma boa comédia pastelão. Mas o que se vê no filme é um emaranhado de "clichês" e um roteiro fraco e previsível. A obra, como o próprio título sugere, se passa durante um processo de divórcio entre o casal formado por Noeli (Camila Morgado) e Júlio (Murilo Benício), e o vale-tudo na hora da divisão do patrimônio do casal. Uma comédia excessivamente ingênua, mas que pode ser bem aceita por um público segmentado.
Chocante (2017) - Johnny Araujo *
Chocante tinha tudo para ser um bom filme. Protagonizado por Bruno Garcia, Bruno Mazzeo, o ótimo Marcus Majella e Lúcio Mauro Filho, a obra acompanha um grupo de antigos colegas que fizeram sucesso nos anos 1990 como uma boy band brasileira. Após se reencontrarem em um funeral, decidem se apresentar mais uma vez. Apesar de nostálgico, e com algumas "boas sacadas" no enredo, o filme se perde completamente do meio para o final, frustrando o seu espectador, e resultando em um "dramalhão" sem inspiração. Mas confesso que me diverti em algumas cenas.
Na Teia da Aranha (2001) - Lee Tamahori *** (Disponível na NETFLIX)
Protagonizado por Morgan Freeman, "Na Teia da Aranha" é mais um eficiente filme de suspense/policial, gênero que fez grande sucesso nos anos 1980/1990, e que possui grande interesse do público até os dias de hoje. Na verdade, com exceção dos filmes de super-heróis, é cada vez mais difícil encontrar um bom filme do gênero (ação/policial/suspense) hoje em dia. Na obra, Freeman interpreta o detetive Alex Cross, que tenta desvendar o sequestro da filha de um senador americano.
Creepshow 2 - O Show de Horrores (1987) Michael Gornick **
Baseado nas histórias de Stephen King, e com colaboração no roteiro de George A. Romero, um dos maiores nomes do gênero, Creepshow 2 é um daqueles filminhos de terror fraquinhos que passavam no começo da madrugada na TV aberta durante os anos 90. Composto por três histórias ("Velho Chefe Cabeça de Madeira", "A Jangada" e "O Estripador, a única que realmente vale a pena, e que recomendo, é "A Jangada".
Corpos Ardentes (1981) - Lawrence Kasdan ****
Protagonizado por William Hurt e Kathleen Turner, Corpos Ardentes é um dos mais importantes suspenses da década de 1980, e um dos mais celebrados thrillers da história do cinema. O filme se passa em uma uma pequena cidade da Flórida, durante um tórrido verão (praticamente em todas as cenas esse fato sobressai com os atores "pingando suor" e reclamando do calor), e acompanha o advogado Ned Racine (William Hurt) e seu envolvimento com Matty Walker (Kathleen Turner), uma bela e sensual socialite casada. Dessa relação surge um crime. E do crime, uma trama envolvente e algumas reviravoltas. Outro fato que merece sua atenção é a trilha sonora, que com certeza serviu de inspiração (assim como o filme), para outro clássico do gênero, o também sensual Instinto Selvagem (1992), protagonizado por Michael Douglas e Sharon Stone.
Medo Profundo (2018) - Johannes Roberts *** (Confira a crítica completa)
Apesar do filme ser repleto de clichês, Medo Profundo se destaca pela "originalidade' da premissa. Duas irmãs ficam presas no fundo do mar após uma daquelas gaiolas que colocam aventureiros/turistas próximos de tubarões, totalmente submersos, se rompe, colocando as duas em um ambiente repleto de tubarões e com pouco oxigênio. Sendo assim, começa uma verdadeira corrida contra o tempo. Como serão resgatas? Como retornar a superfície? Nesse contexto, a tensão é eminente e deixa o espectador com os olhos colados na tela.
Aniquilação (2018) - Alex Garland **** (Confira a crítica completa)
O filme acompanha uma bióloga (Natalie Portman), que na tentativa de descobrir o que aconteceu com o marido (Oscar Isaac), parte para uma expedição secreta rumo a uma região conhecida como Área X, que abriga um misterioso fenômeno extraterrestre, que não para de se expandir, e que teve início com a queda de "algo" do espaço. Estudado de perto pelo exército, e cientistas, eles tentam compreender o que acontece lá dentro, já que nada, nem "ninguém", conseguiu retornar.
O Passageiro (2018) - Jaume Collet- Serra *** (Confira a crítica completa)
O Passageiro é mais um bom filme de ação na carreira de Liam Neeson, que é um bom ator, e que se tornou, nos últimos anos, uma referência em filmes de ação. Sempre fazendo o tipo "policial veterano, homem de família, mas repleto de habilidades marciais e inteligência. Dessa forma, é provavelmente o mais lucrativo ator do gênero, arrecadando muito mais que Stallone, Van Damme, Schwarzenegger e Bruce Willis, estrelas dos anos 80/90. Ou mesmo dos recentes "astros" Dwayne “The Rock” Johnson e Vin Diesel.
Touro Ferdinando (2017) - Carlos Saldanha **1/2
Dirigido pelo diretor brasileiro Carlos Saldanha (A Era do Gelo e Rio), Touro Ferdinando é uma das melhores animações de 2017. Tanto é, que foi indicado para o Globo de Ouro e Oscar na categoria de melhor animação. O filme é sobre Ferdinando, um touro de temperamento calmo e tranquilo. A medida que vai crescendo, ele se torna forte e grande, mas com o mesmo pensamento, evitando assim, ser selecionado para as touradas. A obra, que se passa na Espanha, possui uma boa história e deve agradar principalmente aos crianças menores, o seu público alvo. Pensando em uma animação, é até um absurdo fazer esse tipo de direcionamento, mas cada vez mais os filmes do gênero focam em um público mais abrangente. Não é um "Viva - A Vida é uma Festa", possui uma história singela, mas deve agradar ao "grande público".
Tarzan, O Filho das Selvas (1932) W. S. Van Dyke ***
Confesso que me surpreendi com Tarzan, o Filho das Selvas. Dirigido por W.S.Van Dyke, que realizou importantes obras nos anos 30/40 (Vencido pela Lei, A Ceia dos Acusados), o filme é uma grande aventura e apresenta todos os elementos clássicos do personagem principal. O grito característico, a paixão por Jane, a macaca Chita, além de mostrar um mundo novo e enigmático para as plateias de todo o mundo. Fica imaginando como o espectador recebeu a obra em 1932. Sem TV, e com pouco acesso a informação, a África era (e continua sendo), um continente fascinante e inexplorado. Imagine ver na grande tela, naquela época, o ataque de hipopótamos, a luta de um homem com um leão, macacos gigantes, expedições. Nesse contexto, e ainda hoje, Tarzan é um importante marco na história dos filmes de aventura e também na história do cinema.
Pai em Dose Dupla 2 (2017) Sean Anders **1/2
Protagonizado por Will Ferrell e Mark Wahlberg, com a participação de John Lithgow e Mel Gibson como coadjuvantes, "Pai em Dose Dupla 2" surpreende e consegue fazer o seu espectador dar algumas boas risadas. Típica comédia "Sessão da Tarde". Se você assistir, pode achar divertido, se perder, não fará falta ao seu repertório cinematográfico.
A Grande Jogada (2017) Aaron Sorkin ****
A Grande Jogada é um filmaço. Sem dúvida alguma, um dos melhores e mais importantes filmes de 2017. A obra é o primeiro filme do cineasta Aaron Sorkin, que possui uma carreira de sucesso como roteirista, sendo responsável por obras como A Rede Social (2010), O Homem que Mudou o Jogo (2011) e Meu Querido Presidente (1995). Destaco o brilhante roteiro, a edição e a atuação de Jessica Chastain. Completam o elenco Idris Elba, Kevin Costner e Michel Cera. O filme, que é baseado em um livro autobiográfico, acompanha a trajetória de Molly Bloom, que após perder a chance de disputar os Jogos Olímpicos de Inverno, se envolve com jogos de cartas clandestinos.
Parece fantástico que em um filme se pode ver a Morgan Freeman, Tommy Lee Jones, Rene Russo, Glenne Headly compartindo seus diferentes estilos de atuação. Muitos poucos filmes juntam a tantos talentos como Apenas O Comeco fez. Pessoalmente eu irei ver por causo do Morgan Freeman, acho ele um ator comprometido.
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