Direção: Cristian Mungiu
País: Romênia
Gênero: Drama
Elenco: Cosmina Stratan, Cristina Flutur, Valeriu Andriuta, Dana Tapalaga.
Sinopse: Romênia. Alina (Cristina Flutur) e Voichita (Cosmina Stratan) são grandes amigas que vivem em um monastério isolado. Alina viveu por vários anos na Alemanha e deseja voltar ao país, agora com Voichita, mas ela está feliz no convento, onde acredita ter encontrado um lar e a fé. Sem entender a amiga, Alina passa a enfrentar constantemente um padre local e toda a religiosidade do lugar.
Crítica do Filme: Além das Montanhas me lembrou tanto em sua temática quanto na sua concepção outra obra que também aborda um monastério isolado e a questão da possessão. E por sinal, indico a todos os leitores pois é um filme verdadeiramente genial e também muito interessante, estou falando de Madre Joana Dos Anjos, um filme polonês de 1961 e brilhantemente dirigido por Jerzy Kawalerowicz. Essa é outra questão semelhante entre os dois filmes, pois novamente o diretor romeno Cristian Mungiu (do também elogiado 4 Meses, 3 Semanas e Dois Dias), consegue demonstrar uma direção tão eficiente quanto elogiosa, sendo ele o grande condutor de um filme “aparentemente” lento (acho que algumas situações são desnecessariamente repetitivas), porém muito eficientes e com um trabalho de câmera (principalmente focadas nos rostos dos envolvidos), que demonstra toda a claustrofóbica situação.
País: Romênia
Gênero: Drama
Elenco: Cosmina Stratan, Cristina Flutur, Valeriu Andriuta, Dana Tapalaga.
Sinopse: Romênia. Alina (Cristina Flutur) e Voichita (Cosmina Stratan) são grandes amigas que vivem em um monastério isolado. Alina viveu por vários anos na Alemanha e deseja voltar ao país, agora com Voichita, mas ela está feliz no convento, onde acredita ter encontrado um lar e a fé. Sem entender a amiga, Alina passa a enfrentar constantemente um padre local e toda a religiosidade do lugar.
Crítica do Filme: Além das Montanhas me lembrou tanto em sua temática quanto na sua concepção outra obra que também aborda um monastério isolado e a questão da possessão. E por sinal, indico a todos os leitores pois é um filme verdadeiramente genial e também muito interessante, estou falando de Madre Joana Dos Anjos, um filme polonês de 1961 e brilhantemente dirigido por Jerzy Kawalerowicz. Essa é outra questão semelhante entre os dois filmes, pois novamente o diretor romeno Cristian Mungiu (do também elogiado 4 Meses, 3 Semanas e Dois Dias), consegue demonstrar uma direção tão eficiente quanto elogiosa, sendo ele o grande condutor de um filme “aparentemente” lento (acho que algumas situações são desnecessariamente repetitivas), porém muito eficientes e com um trabalho de câmera (principalmente focadas nos rostos dos envolvidos), que demonstra toda a claustrofóbica situação.
Quando Alina volta à Romênia para encontrar sua antiga amiga (e também ex-parceira sexual, algo que o roteiro deixa claro e de maneira não explicita), para que ambas embarquem em um cruzeiro ou retornem a Alemanha, ela encontra uma Voichita totalmente modificada: moradora de um monastério, extremamente religiosa, submissa aos preceitos de sua religião e também a um padre extremamente dominador e rígido. Com isso, Alina passa a questionar tanto a amiga quanto a forma pelas quais aqueles grupos de freiras praticam e seguem sua religiosidade. Religiosidade seguida com claras demonstrações de intolerância religiosa (fato ainda mais acentuado na excepcional cena na qual Alina tem que tomar anotações sobre seus possíveis pecados).
É muito claro o total estranhamento de Alina tanto em relação aos dogmas pregados naquela comunidade quanto à modificação absurda de sua amiga Voichita sofreu, pinçada ainda pela notória tensão sexual entre elas. Com isso, começa uma verdadeira batalha entre a religião e Alina para conseguir convencer Voichita a seguir com ela. Algo totalmente repudiado pela amiga e que também passa a tentar convencer uma irredutível Alina a aceitar os preceitos religiosos que segue. Isso tudo sob os olhares rigorosos do líder religioso local, e que cada vez mais e de maneira mais dura, pressiona Voichita a converter sua amiga sob pena de terem que se afastar definitivamente ou serem excluídas daquele local. Após esse agravamento da situação, Alina também passa a ser mais incisiva em suas atitudes, resultando assim em um agravamento de seu estado de saúde e uma possível possessão demoníaca segundo o religioso.
O que vemos a partir desse momento é um emaranhado de absurdos: praticadas de exorcismo, torturas psicológicas e físicas, além de uma passividade das mulheres do monastério que realmente incomoda o espectador. Momento após momento, Alina é dramaticamente colocada sob penas religiosas rigorosas e também várias tentativas de conversões forçadas, sempre sobre julgamentos absurdos e olhares condenatórios das freiras e também de sua amiga Voichita, levando o filme a um final tão dramático quanto inesquecível.
Além das Montanhas é merecedor dos inquestionáveis elogios de toda imprensa mundial, além das premiações que recebeu tanto em Cannes (para seu elenco feminino) quanto em vários festivais pelo mundo. Um filme verdadeiramente impactante e poderoso em seus questionamentos. Trailer Aqui.
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