Críticas de Filmes

Críticas de Filmes

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Segundo dia do ano: Crítica de Jim & Andy (2017), filmes de Stephen Chow e Quatro Vidas de um Cachorro (2017)

                                                                                         #02 #03 #04 Visto em 02/01/2018

Kung-Fu Futebol Clube (2001) 
Direção: Stephen Chow

Comecei o segundo dia do ano revendo Shaolin Soccer, filme de 2001, que recebeu no Brasil o título de Kung-Fu Futebol Clube. Apesar de interessante, a obra, que é dirigida por Stephen Chow, não chega aos pés de outro filme do cineasta, o genial Kung-Fusão, de 2004, que chegou a ser indicado ao Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. 

Shaolin Soccer une futebol e kung-fu (é claro), e aborda um grupo de adeptos da arte marcial que resolvem utilizar seus golpes em outro esporte, o futebol. Com boas doses de humor, e muitos efeitos (defeitos) especiais, o filme tenta seduzir o seu espectador, mas não convence. Roteiro previsível (dentro das imprevisibilidades da história) e personagens caricatos. 

💥 Kung-Fusão (2004) 
Direção: Stephen Chow

Sinopse: Ao tentarem enganar os residentes de Pig Sty Alley, fingindo ser de uma gangue, o estranho Sing e seu amigo idiota Bones são surpreendidos pelos verdadeiros bandidos. Ameaçados, são defendidos por um grande mestre em artes marciais.

Comentário: Kung-Fusão é simplesmente imperdível. Sem dúvida alguma, um dos melhores filmes de comédia que já assisti em minha vida. A história é genial, os diálogos brilhantes e os personagens, principal atrativo do filme, hilários. Sem falar nos ótimos efeitos especiais. Se você nunca assistiu, assista. Vale muito a pena.

Kung-Fusão chegou a ser indicado ao Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro em 2004, assim como foi premiado por diversas associações de críticos e também indicado ao BAFTA.

Quatro Vidas de um Cachorro (2017) 
Direção: Lasse Hallstrom

Sinopse: Um cachorro morre e reencarna várias vezes na Terra. Embora encontre novas pessoas e viva muitas aventuras, ele mantém o sonho de reencontrar o seu primeiro dono, que sempre foi seu maior amigo.

Comentário: Quatro Vidas de um Cachorro pode ser piegas, repleto de sentimentalismo e com alguns diálogos que beiram o ridículo, mas ainda assim o filme me conquistou, principalmente pelo seu desenvolvimento e conclusão. Na realidade, confesso que fui cativado pela grande estrela do filme, o cachorro Bailey.

Narrado em primeira pessoa (por um cachorro), a obra não convence a primeira vista, apresentando diálogos e situações banais, mas após alguns minutos, e graças a condução sensível do diretor Lasse Hallstrom, que se especializou neste "temática" nos últimos anos, fisga o seu espectador. 

Apesar de Hallstrom possuir no currículo o premiado, e excelente, Minha Vida de Cachorro (1985), e também Meu Querido Intruso (1991), um dos filmes mais tocantes que já vi na minha vida (e um dos meus prediletos). Além disso, dirigiu Gilbert Grape, Chocolate e Regras da Vida. E nos últimos anos, tem apostado em filmar as obras do escritor Nicholas Sparks, sempre alternando com bons filmes, como o ótimo Amor Impossível (2011), e também Sempre ao Seu Lado (2009), com Richard Gere, e que também aborda a relação entre homem e cachorro. 

Mas se ainda não assistiu a Quatro Vidas de um Cachorro, dê uma chance ao filme. Te garanto que não é uma daquelas obras descartáveis, no estilo "animais falantes", mas também não é a sétima maravilha do mundo. Posso resumir o filme como sincero e repleto de boas intenções. E apesar de algumas situações absurdas e previsíveis, o final vale muito a pena. 


Jim & Andy (2017) 
Direção: Chris Smith

Sinopse: Um olhar sobre os bastidores do filme O Mundo de Andy, lançado em 1999. Na ocasião, uma equipe de documentaristas registrou detalhadamente como o ator Jim Carrey adotou a peculiar persona do comediante Andy Kaufman durante a produção do longa-metragem.

Comentário: Se você é um apaixonado por cinema, não deixe de assistir ao documentário Jim & Andy, mais uma imperdível produção da Netflix (que tem se especializado em surpreender os espectadores com ótimas produções originais). A obra, que é simplesmente espetacular, vale cada minuto de sua atenção, principalmente se você for um apaixonado por cinema. 

Só para te situar, em 1999, no auge da carreira, Jim Carrey foi contratado pela interpretar o controverso comediante americano Andy Kaufman nos cinemas. A obra, que foi dirigida pelo cultuado Milos Forman, teve vários problemas em seus bastidores, muito em razão da forma com que Carrey conduziu a interpretação de Kaufman.

E o documentário Jim & Andy aborda justamente isso. O processo criativo de Jim Carrey, a imersão no personagem e os problemas nos bastidores. Tudo sendo alternado com depoimentos do ator na atualidade. Na verdade, o filme é uma releitura das gravações de 'O Mundo de Andy".


Lembro que Forman é o responsável pela direção de duas obras primas do cinema: Amadeus (1984) e Um Estranho no Ninho (1975), filmes que venceram o Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção e fazem parte do meu seleto grupo de melhores filmes em todos os tempos. 

O Mundo de Andy, que fez sucesso com a crítica na época do lançamento, não é um dos meus filmes prediletos, nem mesmo um dos melhores daquele ano (confesso que vou fazer uma revisão), mas rendeu o Globo de Ouro de melhor ator para Carrey. Sendo assim, por mais que você não conheça o filme original, assista! 


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