Críticas de Filmes

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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Crítica do Filme: Uma Mulher Fantástica (2017)★★1/2

                                                                                                                       #09 Visto em 06/01/2018

Uma Mulher Fantástica (2017) 
Direção: Sebastián Lelio


 💔

Sinopse:  Marina (Daniela Vega) é uma garçonete transexual que passa boa parte dos seus dias buscando seu sustento. Seu verdadeiro sonho é ser uma cantora de sucesso e, para isso, canta durante a noite em diversos clubes de sua cidade. O problema é que, após a inesperada morte de Orlando (Francisco Reyes), seu namorado e maior companheiro, sua vida dá uma guinada total

Comentário: Uma Mulher Fantástica é, sem dúvida, um dos filmes mais elogiados e premiados de 2017. Além de ser um dos favoritos na corrida pelo Oscar de melhor filme estrangeiro, foi indicado ao Globo de Ouro na categoria e premiado no Festival de Berlim. Além de ter sido, ao longo do ano, premiado/indicado por associações de críticos de todo o mundo.

Quem conduz a obra é Marina (Daniela Vega), que após a morte súbita de seu companheiro, passa por várias situações envolvendo o preconceito. Esse é o grande conflito do filme. Como Marina irá se posicionar perante as desagradáveis imposições da família do morto, das questões legais e da polícia, que abre uma investigação.

Há também uma questão envolvendo a sexualidade de Marina. Afinal, quem é ela? Mulher, travesti, trans,  é operada? Essas dúvidas surgem na obra, e envolvem o espectador. Causa uma certa repulsa a forma como a família do morto se comporta, tanto nas questões legais (direitos, apartamento, carro e cachorro), como nas imateriais (agressões, diálogos, velório e sepultamento).


Marina é impulsiva. Mas também fala pouco. Age como uma culpada. Evita a polícia, evita o assunto. Isso também é irritante. A falta de dialogo. A forma como enfrenta as situações. Em algumas é impulsiva. Em outras, totalmente passiva. 

Uma Mulher Fantástica apresenta uma interessante abordagem do assunto. Fala do preconceito e da discriminação com propriedade, mas não se aprofunda. Alterna momentos de profundidade e outros de uma superficialidade irritante.  Em resumo, é uma obra irregular. Mas uma na filmografia do diretor chileno Sebatián Lelio, que possui em sua filmografia o elogiado Glória (2013) *** e A Sagrada Família (2005). Se tivesse que escolher qual é melhor, entre Marina e Glória, fico com Glória (se ainda não viu, assista!). 

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