Críticas de Filmes

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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Crítica do Filme: The Square: A Arte da Discórdia (2017) ★★1/2

                                                                                                 😞  #13 Visto em 14/01/2018

The Square: A Arte da Discórdia (2017)
Direção: Ruben Ostlund
 💔

Sinopse: Um gerente de museu está usando de todas as armas possíveis para promover o sucesso de uma nova instalação. Entre as tentativas para isso, ele decide contratar uma empresa de relações públicas para fazer barulho em torno do assunto na mídia em geral. Mas, inesperadamente, isso acaba gerando diversas consequências infelizes e um grande embaraço.

Comentário: The Square: A Arte da Discórdia é confuso e irregular. E posso garantir que, apesar de ser o surpreendente vencedor do Palma de Ouro no último Festival de Cannes, a abordar, através de várias "enquetes", importantes discussões, não é uma obra bem definida. Não é um filme pronto. Ele levanta vários questionamentos, mas não se preocupa em tentar responder.

O filme basicamente aborda três temas: a confiança, o que é arte e quais os limites da arte? E tenta, ao longo de 2h22 minutos, responder a essas pergunta, mas, como é comum em inúmeras obras ultimamente, opta por um final aberto e subjetivo, jogando para o público a possível conclusão para tudo que é construído na tela. E o resultado final só não é decepcionante em razão do ótimo personagem interpretado por Claes Bang, além das surpresas presentes no roteiro.



The Square é dirigido por Ruben Ostlund, diretor sueco que possui em sua filmografia o ótimo Força Maior (2014) ****. Posso até afirmar que o filme é bem conduzido e consegue captar a atenção do seu espectador com cenas bem construídas. Sempre unindo humor, imprevisibilidade e uma acidez crítica. Mas o espectador fica naquela. O que é isso que estou assistindo? O que vem depois?  The Square é praticamente um filme interativo, assim como a principal obra presente no museu sueco de arte contemporânea, o contestado quadrado da confiança de uma artista chilena.   

Instalações, performances, limites, a sociedade contemporânea, o preconceito, o poder da internet e o avanço da mendicância na Suésia. Tudo é abordado de forma satírica ao longo da obra. Algumas me fizeram gargalhar, outras causaram indignação. Já a direção de Ostlund é praticamente irretocável, assim como as atuações, mas não posso dizer o mesmo do roteiro. Falho, confuso e sem um fechamento digno do restante da obra. Mas talvez o grande mérito da obra seja a qualidade dos personagens coadjuvantes: um garoto acusado injustamente, uma jornalista apaixonada, o homem-macaco e um espectador com síndrome de Tourette.

The Square faz rir e pensar e, definitivamente,  vale a pena ser visto. Nem que seja para você se decepcionar, apesar de não considerar o filme uma decepção. Além de premiado em Cannes, o filme foi indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme estrangeiro e é um dos favoritos ao Oscar 2018.


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