Críticas de Filmes

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Crítica do Filme: Garota Exemplar (2014) ****(releitura)

Direção: David Fincher
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Neil Patrick Harris, Tyler Perry, Carrie Coon, Kim Dickens, Patrick Fugit.


Sinopse: Amy Dunne (Rosamund Pike) desaparece no dia do seu aniversário de casamento, deixando o marido Nick (Ben Affleck) em apuros. Ele começa a agir descontroladamente, abusando das mentiras, e se torna o suspeito número um da polícia. Com o apoio da sua irmã gêmea, Margo (Carrie Coon), Nick tenta provar a sua inocência e, ao mesmo tempo, procura descobrir o que aconteceu com Amy.

Meus Comentários: Apontado pela critica mundial como um dos melhores filmes do ano (e para alguns o melhor até o momento), Garota Exemplar é sem dúvida alguma um bom filme, entretanto não o considero para tanto.

O filme que é dirigido por David Fincher – um grande especialista em filmes do gênero –, consegue prender a atenção do seu espectador e o deixar “na pontinha da poltrona” durante toda a sua exibição, sempre utilizando técnicas também presentes em outras de suas obras, como no excelente Seven(1995), no “pouco descoberto” Vidas em Jogo(1997), no cultuado Clube da Luta(1999), no subestimado Zodíaco(2007), ou mesmo nos quase que incontestável A Rede Social (2010),  que até poderia ser classificado como uma vertente do suspense, mesmo sendo uma biografia.

A direção de Fincher é segura e repleta de méritos. E também não posso deixar de elogiar a ótima edição do filme, um dos pontos altos a serem ressaltados, assim como sua trilha sonora, que consegue dar um tom sombrio aos flashbacks da personagem Amy Dunne, e que passa a sensação de uma relação ilusória, falsa e nada real. A minha percepção do filme é essa: no presente, onde Nick (personagem de Ben Affleck) é acusado de assassinato, prevalece o suspense em torno de sua possível participação no crime ou não, e já nas lembranças de Amy, todas retiradas de seu diário, prevalecem um mundo de sonhos e onde nada me parece real.

Como o filme é baseado em uma obra literária de enorme sucesso pelo mundo, quem assim como eu não havia lido o livro pode ser surpreendido de maneira mais fácil, e mesmo assim grande parte das sequências de reviravoltas que ditam o ritmo do seu enredo pouco conseguiram me convencer. A sensação que tive durante todo o filme era de uma obra “fake”, que tenta utilizar de todos os artifícios para ludibriar o seu espectador, mas que acaba esbarrando em suas inverossímeis possibilidades.

Outro ponto alto do filme é a atuação do seu elenco de apoio. Primeiro da magnífica dupla de policiais protagonizada por Kim Dickens e Patrick Fugit, e são deles alguns dos melhores momentos do filme e que se fossem mais bem aproveitados (principalmente o excelente papel da Detetive Rhonda), roubariam “o filme” de vez, assim como fazem na primeira parte da obra. Outra boa atuação é a do comediante Tyler Perry no papel do advogado Tanner Bolt, que também surpreende com sua "debochada" interpretação. E não posso deixar de ressaltar a grande atuação de Carrie Coon, que deve brigar com grandes possibilidades por indicações na categoria de melhor atriz coadjuvante nas principais premiações do ano. E já em relação as atuações de  Ben Affleck e Rosamund Pike, que protagonizam a obra, são atuações competentes e pouco contestáveis, principalmente em relação a Pike que tem a melhor atuação de  sua carreira.

Garota Exemplar é um eficiente thriller, com ótimo ritmo e desenvolvimento. Entretanto não são apenas reviravoltas que tornam um filme incontestável, e sim a sua capacidade de surpreender tanto na estrutura quanto na execução, e para mim o filme não passa de um “ótimo remendo” de tantas outras obras parecidas. Garota Exemplar não deixa de ser um grande filme e que eu recomende sem pestanejar, mas não enxergo o filme como uma obra “acima do bem e do mal”, e apenas como um atraente suspense.

domingo, 19 de maio de 2013

Crítica do Filme: Terapia de Risco(2013)*** ( Bom Filme)

Direção: Steven Soderbergh
Gênero: Drama/Suspense
Elenco: Jude Law, Rooney Mara, Catherine Zeta-Jones, Channing Tatum.
Sinopse:
A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade buscando amparo num tratamento psicológico com grandes profissionais da área (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar conseqüências inesperadas na vida da jovem.

Comentário: Nos últimos anos o já consagrado diretor Steven Soderbergh, tem apostado toda sua carreira e renome em projetos excessivamente irregulares, como o grande fracasso da biografia de Che Guevara(2008), no irregular Contágio(2011), Magic Mike(2012) e o fraquíssimo A Toda Prova(2011), todas obras prolixas e que resultaram em verdadeiros fracassos de público e crítica.

Lembro que Soderbergh se revelou para o mundo no premiado Sexo, Mentiras e Videotape(1989) e se consagrou definitivamente com sua obra prima Traffic(2000). Além de também ter dirigido os cultuados: Erin Brokovich (2000), Irresistível Paixão(1998), Onze Homens e um Segredo(2001), Solaris(2002) e O Desinformante(2009), esse sendo seu último grande filme.

E para quem como eu não acreditava mais na carreira do diretor (que promete se aposentar brevemente), fui ligeiramente surpreendido por Terapia de Risco. Um filme que pelo trailer e sinopse não consegue transpor toda complexidade presente em seu roteiro e a boa condução do diretor. Talvez a grande falha do filme seja a sua dificuldade em se definir para o espectador logo em seu inicio, e para isso o filme precisa de aproximadamente uma hora e meia e algumas reviravoltas para ser entendido como um competente e interessante suspense.


Definitivamente outro grande mérito do filme é seu elenco que reúne os nomes de Jude Law, Catherine Zeta-Jones, Channing Tatum e Rooney Mara, que para quem não está familiarizada com a protagonista da obra, ela é a grande estrela da refilmagem americana de Millennium- Os Homens que não Amavam as Mulheres, ao lado de Daniel Craig.

Envolvente, bem conduzido e eficiente, Terapia de Risco trafega entre drama e suspense policial com a mesma facilidade que seu roteiro repleto de reviravoltas surpreende o espectador a cada minuto, principalmente em seus momentos finais. Com isso o filme fica tentando fugir do convencional e aposta todas as suas fichas em dramas pessoais, boas atuações e uma história palpável ao invés de muita correria e grandes cenas de explosões, algo mais fácil tanto para o público quanto para um diretor menos talentoso. O seu desenvolvimento lembra em muito o ritmo de Contágio (também estrelado por Jude Law e dirigido por Soderbergh), mas com um resultado final muito superior.

Um pouco lento para o grande público e muito irregular para um espectador mais exigente, Terapia de Risco tenta afastar seus defeitos a todo o momento e deixar no espectador apenas a idéia de sua ótima seqüência final e se firmar como m eficiente Thriller. Talvez seja esse o grande problema do filme, achar o seu espectador ideal. E apesar de obter um resultado ainda que satisfatório, o filme não se garante como uma obra altamente recomendável, ao contrário, Terapia de Risco é uma contraditória variação de boa trama e vários pontos falhos. Trailer Aqui.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Crítica do Filme: Chamada de Emergência (2013)*** (Bom Filme)


Direção: Brad Anderson   
Gênero: Suspense
Elenco: Halle Berry, Abigail Breslin, Michael Eklund, Morris Chestnut.
Sinopse:
Jordan (Halle Berry) é atendente do sistema de emergência da polícia americana. Determinado dia, atende uma ligação de uma jovem assustada com o fato de que existe um homem tentando invadir sua casa. O caso acaba com o pior final possível e Jordan fica traumatizada. Anos mais tarde, ela se vê diante do mesmo criminoso, que agora ameaça outra garota, Casey (Abigail Breslin).

Comentário: Chamada de Emergência é um eficiente thriller de suspense que consegue prender a atenção do espectador durante toda sua angustiante duração. Mérito de uma direção envolvente de Brad Anderson e um roteiro igualmente bem elaborado e que se não optasse por escolhas obvias em seu percurso final seria realmente um filme diferenciado dentro do gênero.

Chamada de Emergência acompanha o trabalho de Jordan (Halle Berry), uma atendente do sistema de emergência 911 da policia americana e que após uma falha durante um atendimento de emergência se depara com a morte de sua “relatadora”. Seis meses depois, Jordan se depara novamente com uma situação igualmente angustiante. Dentro de um porta malas de um carro qualquer está a garota Casey( Abigail Breslin). Ela acabou de ser seqüestrada em um Shopping Center e está prestes a ser morta pelo mesmo assassino que tempos antes já havia atormentado a atendente com seu crime nunca solucionado. Com isso Jordan faz de tudo para salvar a vida da jovem Casey e também punir de alguma maneira o obstinado criminoso.

E com grande eficiência e uma alta dose de tensão que acompanhamos incríveis reviravoltas e situações realmente impactantes enquanto Jordan, Casey e o seqüestrador fazem de tudo para alcançar seus objetivos. Felizmente o filme vai muito bem até os seus minutos finais, quando em uma mudança completa no roteiro faz a obrar perder credibilidade ao optar por escolhars verdadeiramente absurdas e um final “aberto” e que não consegue saciar no espectador toda a sobriedade que havia sido demonstrado durante a obra, optando assim por escolhas realmente inverossímeis.

 Direção eficiente, um bom roteiro e atuações convincentes fazem de Chamada de Emergência uma boa opção nos cinemas para aqueles que realmente apreciam um bom filme de suspense, poderia ser muito mais, porem nada deve atrapalhar a grande capacidade de entretenimento que o filme é capaz de despejar em um espectador que realmente busca uma boa diversão nas salas de cinema. Trailer Aqui.