Críticas de Filmes

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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Crítica do Filme: A Negociação (2012)***

Direção: Nicholas Jarecki
Gênero: Drama/Suspense
Elenco: Richard Gere, Susan Saradon, Tim Roth, Laetitia Costa.
Sinopse:
Às vésperas de vender sua empresa milionária, Robert Miller (Richard Gere), um magnata da bolsa de valores, envolve-se em um acidente automobilístico causando a morte de uma pessoa. Para preservar sua imagem, ele esconde sua responsabilidade no caso. Mas um investigador (Tim Roth) está disposto a descobrir o verdadeiro culpado, sabotando todos os planos de Robert.

Minha Crítica: A Negociação é na verdade um grande jogo de “gato e rato”, sendo essa sua premissa embutida em um bom drama com ares de suspense onde a vida e carreira de um magnata empresarial, Robert Miller (Richard Gere), entra em uma grande turbulência após se envolver em um acidente fatal durante um delicado momento pessoal e profissional, a venda de sua milionária e “falida” empresa.

Lembro que Richard Gere foi indicado ao Globo de Ouro de melhor ator por sua atuação como o “esperto” milionário Robert Miller. Claro que é uma grande atuação de Gere, mas assim como outros ótimos papeis em sua carreira (Justiça Vermelha, Sempre ao seu Lado e Infidelidade), o ator não foge do obvio e mesmo tendo uma atuação convincente e elogiosa, essa indicação não é pra tanto.


A Negociação conta ainda com as performances de Susan Saradon ( no papel de uma interessante esposa) e o ótimo Tim Roth, que novamente rouba a cena como um investigador de policia que faz de tudo para comprovar a culpa do empresário Robert Miller em seu indecifravel acidente fatal.

Com ótimo desenvolvimento e principalmente excelentes diálogos, o filme consegue conquistar e manter o espectador interessado enquanto vamos vendo o personagem de Richard Gere se complicar cada vez mais em suas próprias mentiras (acidente e venda da empresa) e armações para se livrar delas e também conseguir vender uma empresa que aparentemente é um sucesso, mas esconde um rombo milionário (sobre o seu claro consentimento).

Na verdade, Gere acaba refém não só do policial interpretado por Tim Roth como também das três mulheres que o rodeiam em sua vida: sua esposa (que finge não enxergar suas aparentes traições mas se posta agressivamente quando vê seu império monetário ameaçado), sua filha ( que tenta manter as rédeas da empresa com total idoneidade) e também sua amante ( pois com sua morte complica todo o processo de venda da empresa e o coloca em um redemoinho de mentiras). Outra cena que considero importante e pra mim é a mais memorável do filme é o embate entre Robert Miller (Gere) e o possível comprador de sua empresa. Repleta de frases ríspidas e uma condução primorosa de Nicholas Jarecki, a cena acaba se tornando uma cena primordial e que consegue resumir todo o filme, seja pelas mentiras ditas ou mesmo o aparente “desespero” dos envolvidos nessa grande negociação.
Trailer Aqui.

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