Direção: Benh Zeitlin
Gênero: Drama
Elenco: Quvenzhané Wallis, Dwight Henry, Jonshel Alexander
Sinopse: Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) é uma menina de apenas 6 anos de idade que vive em uma comunidade miserável isolada às margens de um rio e denominada de banheira pelos próprios moradores. Ela está correndo o risco de ficar órfã, pois seu pai (Dwight Henry) está muito doente. Ele, por sua vez, se recusa a procurar ajuda médica. Um dia, pai e filha precisam lidar com as conseqüências trazidas por uma forte tempestade, que inunda toda a comunidade. Vivendo em um barco, eles encontram alguns amigos que os ajudam. Entretanto, o pai vê como única saída explodir a barragem de uma represa próxima, o que faria com que a água baixasse rapidamente e a situação voltasse a ser como era antes.
Crítica: Indomável Sonhadora é uma obra quase documental (a narração em off ajuda nesta conotação), extremamente realista e que transpõem a todo o momento nas telas atuações poderosas e uma “podridão” de cenas e atos propositais. Sempre visando atingir ao espectador de uma forma que veementemente não atingem os personagens envolvidos naquele subdesenvolvimento exposto em sua comunidade que de forma muito correta é apelidada de banheira por seus próprios moradores.
A obra que era uma das concorrentes ao Oscar de melhor filme em 2012, é independente, modesta, mas não em suas pretensões, simples, mas não em seu conteúdo, porém amplamente transparente em sua ideologia. Demonstrando repetidamente sua grande força em poderosas atuações e cenas realmente chocantes. Indomável Sonhadora transpõe toda ousadia desse primeiro trabalho do diretor Ben Zeitlin, e que faz questão de expor a miséria ainda escondida da nação americana e uma idéia de deslocamento na qual os personagens estão envolvidos. Primitivos, idealistas, inocentes, Hushpuppy e seu pai (e toda sua comunidade) estão “a deriva” e totalmente a parte de um mundo civilizado, educado, e com totais condições de suporte. Ao contrário, enraizados em sua ignorância, essa pobre comunidade tenta a todo o momento se manter assim, distante da “civilizada civilização” e “presos” a sua “cultura” e miserável ideologia.


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